PANTANAL NORTE. A viagem rumo ao reino dos tuiuiús, jacarés, onças pintadas e outras espécies (são 650 de aves, 200 de peixes e 80 de mamíferos) começa em Poconé, cidadezinha história a 100 km de Cuiabá. De lá parte a rodovia Transpantaneira, com 149 km, que termina em Porto Jofre. Todo o percurso é feito em estrada de terra, margeada por alagados onde os jacarés tomam banho de sol e os biguás brincam na água. Gaviões cruzam o céu, veados correm pela vegetação rasteira e os ninhos dos tuiuiús se espalham pelas árvores. Impossível não olhar por todos os vidros e janelas do automóvel, que precisa cruzar mais de 100 pontes de madeira para ir de um ponto ao outro. A melhor época de apreciar o Pantanal vai de abril a setembro, período de seca. Nos diversos hotéis e pousadas que se espalham pela rodovia, tem sempre um passeio de caminhão para ver os animais de pertinho, uma voltinha de barco para curtir o nascer ou o pôr do sol ao lado das aves, uma caminhada ou uma cavalgada para acompanhar a lida dos boiadeiros. Quando escurece, uma roda de viola regada a caldo de piranha fecha os trabalhos com chave de ouro, numa síntese perfeita de um dia pantaneiro. CHAPADA DOS GUIMARÃES. No parque nacional, a cerca de 70 km da capital, as boas-vindas são dadas por casais de araras vermelhas, que sobrevoam cenários contornados por gigantescos paredões de arenito vermelho-alaranjado. Em meio às formações – algumas curiosas – ainda surgem cachoeiras, rios, cânions e pinturas rupestres que encantam ecoturistas e esotéricos. A reserva é repleta de trilhas que conduzem aos cartões-postais da região. Entre eles, a cachoeira Véu de Noiva, com 86 metros de queda; a Cidade de Pedra, uma bela caminhada emoldurada por rochas pontiagudas que remetem a castelos medievais; e o Morro de São Jerônimo, o mais alto da região, com 836 metros de altitude e que exige disposição para ser vencido. O parque tem entrada gratuita, mas todos os passeios necessitam de acompanhamento de guias. Os dois próximos programas são feitos em Jaciara, cidadezinha a cerca de 145 km de Cuiabá e conhecida como a Capital dos Esportes Radicais do Mato Grosso. No cenário, grutas, cachoeiras e corredeiras.
REINO ENCANTADO. Uma pequena trilha leva à nascente do Rio Salobra, local onde é permitido o banho. Mas o melhor mesmo está um pouco à frente, na área de ressurgência do rio. É ali que começa a flutuação e onde é possível observar, debaixo d’água e em vários pontos, os pequenos vulcões de areia que sinalizam a ressurgência. A atividade é feita em um percurso de um quilômetro em meio a águas translúcidas e tomadas por cardumes de peixes. Aproveite para almoçar ali – o espaço oferece um agradável restaurante de comida caseira, com pacu, pintado e farofa de banana! CACHOEIRA DA SERRA AZUL. A cachoeira está dentro do complexo do Sesc Serra Azul, repleto de araras. Para chegar à queda, é preciso encarar uma trilha de 500 metros, além de uma escadaria com 400 degraus de subida e descida. O esforço compensa: ainda da escada, avista-se a queda de 45 metros despencando sobre uma piscina natural de um azul surpreendente. A profundidade por ali é de oito metros e, antes de se jogar nas águas para a flutuação em meio às piraputangas, vale sentar no deck e apreciar a inusitada paisagem. Para voltar à sede do Sesc, encare a tirolesa de 600 metros de comprimento, a 900 metros de altura. Adrenalina pura. RIO TRISTE. Por aqui, as águas cristalinas ganham tons esverdeados. Ao longo da flutuação de cerca de um quilômetro, observa-se as belas formações rochosas no fundo do rio, que em grande parte é de areia. Além dos milhares de peixes (os dourados marcam forte presença), aprecia-se também as belas arraias-carijó – o nome vem do fato de serem pitadinhas. Emoção garantida para quem só apreciou essas espécies de peixe nas águas do mar.
LAGOA DAS ARARAS. Todos os dias, por volta das 17h, começa o movimento – de aves e de turistas – em direção à Lagoa das Araras. Ao pôr do sol, araras azuis, araras Canindé (amarelas e azuis), papagaios, maritacas, periquitos, garças, biguás… voltam para seus ninhos, feitos nos buritis que se espalham pela lagoa, para dormir. Já os turistas chegam para apreciar tamanho espetáculo. Além da festa no céu, o visual formado pelo alagado, pelas árvores e pelas cores do cenário que mudam a cada instante, fazem do programa um dos mais encantadores de Bom Jardim. AQUÁRIO ENCANTADO. A atividade é realizada no Recanto Ecológico da Lagoa Azul, um complexo de lazer em meio a rio e trilhas. A principal atração é o Aquário Encantado, um poço de seis metros de profundidade com águas cristalinas em tons azulados e uma enorme quantidade de peixes como piraputangas, pacus e piaus. O ambiente é perfeito para mergulhar e o tempo máximo por ali é meia hora – suficiente para chegar pertinho dos peixes e fazer muitas selfies com todas as espécies. DUTO DO QUEBÓ. A caverna escura, de 228 metros de extensão e 10 metros de altura, pode ser explorada a pé (a lâmina de água chega ao joelho) ou de boia. Em ambos, guias e visitantes usam capacetes com lanternas para apreciar as belas estalactites. Quem está de boia, segue ainda um percurso de quase dois quilômetros de pura aventura pelas corredeiras do rio Quebózinho. Por lá, também vale a pena almoçar sempre tem arroz com galinha e arroz carreteiro no restaurante do espaço.
Prepare-se RAFTING NO RIO TENENTE AMARAL. Os botes infláveis descem as águas caudalosas do rio Tenente Amaral levando até oito pessoas, além do instrutor. A aventura dura cerca de duas horas e meia e começa com a observação da cachoeira da Fumaça, ainda em terra firme. Ao longo do percurso de cerca de três quilômetros, a turma enfrenta corredeiras que variam entre os níveis I e III, exigindo algumas belas manobras e muitos gritos. Em alguns trechos, é possível descer do bote e flutuar correnteza abaixo. Em outros, a atração é “surfar” entre as pedras – e tome água na cara! Já na área conhecida como “Fica Um”, é de praxe alguém ficar para trás. Nas noites de lua cheia, o rafting noturno é a grande pedida. RAPEL. Por aqui, a atividade também é chamada de Cachoeirismo, por ser praticada em uma queda d´água (um canal da cachoeira da Fumaça). São 27 metros de descida vencidos em cerca de quinze minutos, usando técnicas verticais. A primeira parte exige atenção para manter as pernas firmes nas pedras – desequilibrar faz parte, mas o equipamento de segurança faz jus ao nome. Já no segundo trecho, basta soltar a corda devagar e curtir a descida e a paisagem com o corpo completamente no ar. Adrenalina pura entre um escorregão e outro! Os próximos passeios são feitos em Bom Jardim, distrito do município de Nobres. A vila fica a cerca de 150 km da capital. Por lá, boa parte das atrações está debaixo d´a água.
PRIMAVERA DO LESTE. Se você procura por um local incrível para praticar mergulho, Primavera do Leste é o destino certo para você! A uma altura de 636 metros acima do nível do mar, entre os principais passeios, está a Lagoa da Lua. Com uma água de azul cristalino, a “Lagoa Azul” recebe muitos visitantes que amam mergulho e fica a apenas 25 km de Primavera do Leste. São 8 metros de profundidade com uma temperatura de 26 graus. VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE. Você não poderia deixar de fora da sua visita o local que foi a primeira capital do estado. Com fortes traços da cultura negra, a Vila Bela é um lugar histórico. Localizada na fronteira com a Bolívia, bem às margens do Rio Guaporé, a cidade tem uma serra que atrai por suas incríveis cachoeiras. Para quem gosta de se aventurar, essa é a pedida certa. Há muitas trilhas e partes quase inexploradas, mas que escondem belezas naturais únicas. Uma das alternativas é a Cachoeira do jatobá, que, para ser acessada, se deve percorrer uma caminhada de 3h30. A vista a mais 200 metros de altura é recompensadora. Um dos passeios mais conhecidos é a Cachoeira dos Namorados, perfeita para viagem em casal. O período chuvoso, que vai de abril a junho, é o mais indicado, pois em outras épocas a tendência é que as cachoeiras fiquem secas.
CAMPO NOVO DO PARECIS. Um terço do território de Campo Novo do Parecis é composto por terras indígenas. Com isso, boa parte das atividades da região é feita baseada nessa realidade. Entre eles, estão passeios para visitar aldeias e conhecer cachoeiras. Cortada por mais de 6 rios, a cidade também tem como forte a prática esportiva. Para os aventureiros, tem o rapel no Santo Utiariti e a uma queda d’água com 85 metros de altura. Há também o Balneário Rio Verde e a Cidade da Pedra, com rochas de 20 metros, localizada no Chapadão do Parecis. São muitos os motivos que fazem dessa parte do Brasil uma região especial. O estado oferece opções variadas, que agradam a todos os tipos de viajantes. Você pode explorar a história e a gastronomia da capital, além de aproveitar o ecoturismo e a aventura em seu interior. Como você viu neste artigo, não faltam motivos para definir essa região do Brasil como destino de sua próxima viagem, não é mesmo? Explorar Mato Grosso destinos certamente trará memórias inesquecíveis e recarregará suas energias. E tamanho contato com a natureza deixará suas férias ainda mais exclusivas. Quer intensificar sua experiência nesse estado fantástico? Então, confira as vantagens de ficar em um hotel com águas termais.
SERRA DO RONCADOR. Essa é uma imensa cordilheira no meio do Brasil, tendo cerca de 800 km de extensão e chegando a atingir 700 metros de altitude em alguns lugares. Iniciando no Vale dos Sonhos, no estado de Mato Grosso, ela se estende até bem perto da Serra do Cachimbo, já no Pará. A serra recebeu o nome “roncador” devido ao som produzido pelo vento ao passar pelas rochas à noite. O som grave lembra uma pessoa roncando, fazendo com que o local fosse batizado assim. Por lá, há o Park Portal do Roncador, que conta com um ponto muito conhecido. O Dedo de Deus. Essa é uma formação rochosa com várias cachoeiras e cavernas, além de um mirante. CÁCERES. A 214 km de Cuiabá, fica o local de pesca mais conhecido do Mato Grosso. É Cáceres, que atrai pescadores esportivos do mundo inteiro. Isso acontece graças à abundância de espécies e às águas propícias para essa prática. Paraguai, Cabaçal e Jauru são alguns dos rios que cortam a região e oferecem peixes como pacu e dourado. A fauna rica do município propicia o turismo ecológico, mas também tem passeios históricos em sítios arqueológicos e no centro urbano. Entre as atrações estão a Praça Barão do Rio Branco, Catedral São Luiz e outros pontos turísticos. Mas quem prefere só observar também não vai se arrepender de inserir a cidade de Cáceres no roteiro. Isso porque existem muitas atividades disponíveis para pessoas de todas as idades, como visitas a sítios arqueológicos, passeios por lugares históricos e alta gastronomia.
NOBRES. Com uma beleza natural surpreendente, Nobres é um dos pontos turísticos do Mato Grosso preferidos pelos amantes de turismo de aventura. Por lá, você pode: 01 Fazer flutuação em rios de águas cristalinas; – 02 observar várias espécies de peixes; – 03 praticar bóia-cross; – 04 conhecer algumas cachoeiras; – 05 fazer tirolesa e muito mais. As atrações mais famosas ficam no distrito de Bom Jardim, a cerca de 150 km de Cuiabá. Aproveite para conhecer o Aquário Encantado e a Cachoeira da Serra Azul, além dos Rios Triste e Salobra. Sem dúvidas, você vai se impressionar com a exuberância desses lugares.