BELÉM é o maior centro artístico de toda a Amazônia, dispondo de mais de duzentos espaços, entre galerias, complexos culturais, palcos e salas para apresentações. Um dos maiores centros de música erudita do Brasil tem uma das mais antigas escolas de música do país. A Fundação Carlos Gomes tem o nome do maestro, que morreu no Pará, porque foi dirigida por ele. A temporada erudita ocorre de agosto a dezembro, reunindo, anualmente, cerca de cem espetáculos de ópera (encenadas no Teatro da Paz, um dos maiores teatros de ópera do Brasil), canto lírico e canto coral, recitais, concertos, apresentações da Orquestra Sinfônica do Pará e espetáculos de balé, moderno e clássico. Nas artes plásticas, um grande salão nacional ocorre anualmente, na primeira semana de outubro, e três outros no período de outubro/novembro.
O mês do folclore paraense é junho. As apresentações e festas se iniciam na primeira semana, com as trezenas de Santo Antônio, e terminam no último dia do mês, com as fogueiras de paneiros e sobras de festa, em honra de São Marçal. O auge da temporada são as festividades de São João, no dia 24, e São Pedro, no dia 29. Em grandes bailes, dança-se forró, brega, lambada e carimbo. Nos teatros, apresentam-se os Pássaros autos populares de raízes luso indígenas shows caipiras e de música regional. Nas pistas de desfile, as quadrilhas caricatura das que antigamente eram dançadas em palácios europeus – e os concursos de boi-bumbá.
O complexo tem pórtico, administração, restaurante, viveiro de borboletas e beija-flores, viveiro de pássaros, quiosques para lanches e uma torre mirante farol. Em um antigo galpão de ferro, na entrada do parque, foi montado um espaço para abrigar exposição e venda de plantas e artesanato. Um passeio obrigatório. Para quem quer mais tranquilidade, vale um passeio até o Urumajó, conhecido como o berço das tartarugas. Outras amostras da rica biodiversidade paraense podem ser apreciadas na Ilha do Marajó, onde você vai estar em contato direto com a selva amazônica e o grande rio e mar. Aliás, várias reservas da biodiversidade estão no Pará. São trechos de floresta escolhidos por serem santuários de espécies únicas em todo mundo. As florestas nacionais, os parques e as reservas constituem um conjunto de opções para o ecoturismo. Em cada uma, a experiência da biodiversidade ganha uma face nova. Serras, grutas e a vida antiga. Essa trilogia, em meio à floresta amazônica paraense, constitui uma sequência de surpresas. O Pará tem três regiões serranas, cada uma delas com características peculiares, proporcionando paisagens a cada passo. Nos rios e lagos do Pará, você pode pescar o imprevisível e lutador tucunaré. Pode pescar cachorras, bicudas, traíras, trairões e matrinxãs. E ainda, pirarucus, pirapitingas, pirararas, piraíbas – uma finidade de piras, como os índios chamam os peixes. Peixes de mar também estão ao alcance da linha do anzol: meros, cações, pescadas-amarelas, cavalas, Pirapemas e muitos outros.
Nessa imensa área, o mar avança e recua e, conforme a salinidade da água, o pescador tem uma surpresa na ponta da linha. Peixes que ninguém imagina podem estar por ali. O grande lago. Formado pelo fechamento da barragem de Tucuruí e com 2.430 quilômetros quadrados de extensão, o grande lago de Tucuruí e essencial para manter funcionando a maior hidrelétrica totalmente brasileira e um ecossistema muito particular. Suas 1.600 ilhas criam uma linda paisagem e atraem milhares de peixes. É o paraíso do tucunaré – mas também há pesca de pirarucu, traíra, manjuba, diversos bagres e surubim, que é como se chama, no Pará, o pintado. Os imensos rios paraenses e o regime de chuvas e cheias geram sistemas lacustres extraordinários. Os Lagos Grandes de Santarém, de Monte Alegre, de Óbidos, no polo Tapajós, são alternativos de pesca para quem quer aventura. Mas em alguns lagos já existe infraestrutura para a pesca esportiva, capaz de atender a qualquer exigência do mercado. Lago Da Moita. Localizado no sudeste do Pará, próximo à divisa com Tocantins, é formado pelo rio Araguaia, no município de Conceição do Araguaia. São aproximadamente 40 quilômetros quadrados de água doce coberta por vegetação flutuante, onde se formam galerias de dois metros de profundidade. Você encontra centenas de corvinas, jaraquis, surubins e cachorras, além dos reis da pesca o tucunaré e o pirarucu.
Ali, o peixe-rei é o pirarucu de escamas vermelhas e corpo alongado, extremamente forte. É o maior peixe de água doce do mundo. Chega a três metros de comprimento e 200 quilos. Na Mexiana, há programas alternativos para quem quer ir além da pesca. É o caso da lanternagem de jacarés, à noite, quando os enormes anfíbios são surpreendidos pelos focos de luz e permanecem imóveis para ver e serem vistos. E em plena selva o rio são benedito nasce na Serra do Cachimbo e deságua no Nhamundá ou Teles Pires, que faz a divisa do Mato Grosso com o Pará. Ali, fica a primeira reserva de pesca esportiva constituída no Pará. De águas cristalinas, o rio passa por trechos pedregosos e de densa floresta. Nele e em seu afluente, o rio Azul, há remansos onde se encontram excelentes lago do Abuí preservação jaús, piraíbas e pirararas entre 50 e 150 quilos, espertos peixes que lutam com o pescador e mergulham a oito metros de profundidade. A pousada thaimaçu resort no município de Jacaré aganga é base da pesca nesses rios, acessível somente por via aérea, a partir da Alta Floresta, no Mato Grosso ou Santarém. Destaque também para a pousada rio azul, localizada às margens do rio de mesmo nome, no sul do Estado do Pará. A pousada oferece pesca esportiva, ecoturismo, passeios por trilhas na floresta, observação de pássaros. Ao longo dos rios, para os esportistas da pesca, existem, em todo o Estado, locais especiais. Na bacia do Xingu o rio Xingu tem mais dois mil quilômetros de extensão, com longos trechos encachoeirados e grandes e piscosos remansos. É um rio de águas escuras, e a pesca esportiva se concentra em seus grandes e pequenos afluentes. No município de Altamira, hotéis especializados, como a Pousada Rio Xingu, permitem ao pescador o encontro de locais propícios para tucunarés, tambaquis, surubins, cachorras e piraíbas, pesando até 150 quilos.
Meios de hospedagem nos municípios que compõem o Corredor da Pesca do Estado do Pará (Apenas os Meios de Hospedagem cadastrados no Ministério do Turismo). O turismo rural apresenta várias modalidades e diferentes possibilidades de integração com as práticas agropecuárias cotidianas, com a criação de animais silvestres, aves exóticas, atividades esportivas, culturais e medicinais. Segundo a Associação Brasileira de Turismo Rural, há na região norte 176 propriedades voltadas para o segmento. Desse total, 33 estão no Pará, isso inclui hotéis e pousadas na selva. Mas é na maior ilha fluvial do mundo, o marajá, que o turista entra em contato mais próximo com a realidade rural do Estado. Uma fazenda marajoara é diferente de tudo que você já viu. Na imensidão dessas fazendas pode se encontrar jacarés e capivaras, macacos e garças.
A dica para o turista é se hospedar nessas fazendas. Durante muito tempo esses locais só eram desfrutados por quem vivia ali. Atualmente, os praticantes de turismo rural encontram no Marajó um espaço ideal para conviver com o dia-a-dia do homem amazônico. Para os que querem aliar o prazer de conhecer lugares paradisíacos à busca pelo conhecimento ecológico, o Pará também oferece opções variadas. Uma delas é a Floresta Nacional de Caxiuanã. Fica no município de Melgaço, a 296 km de Belém; e a Floresta Nacional do Tapajós, na região oeste do Pará. Em Caxiuanã, o Museu Paraense Emílio Goeldi mantém a Estação Ferreira Pena, onde há pesquisas sobre fauna, flora, ambiente físico e o homem da região. São 330 quilômetros quadrados de floresta densa, acessíveis apenas por barco, a partir de Belém. A natureza intocada do local é fundamental para o desenvolvimento de cotijuba pesquisas do Museu Goeldi. A Estação é espaço também para a promoção da melhoria da qualidade de vida das comunidades próximas, fazendo do projeto uma fonte de renda para a manutenção da infraestrutura e meio para difusão do conhecimento científico produzido no local e disponibilizado para os visitantes. Outra opção é a floresta nacional do tapajós, localizada na região oeste do Pará. O acesso é por via rodoviária. Possui área estimada em 600 mil hectares. Institutos científicos e universidades desenvolvem pesquisas e experimentos com povos antigos, que vivem no local há centenas de anos. Lá moram 1.200 famílias, em 26 comunidades, que vivem da agricultura de subsistência e do extrativismo vegetal.
A Flora do Tapajós abrange os municípios de Bel Terra, Rurópolis, Aveiro e Placas. Faz limite com o rio Tapajós, com a rodovia BR 163 (Santarém-Cuiabá – 160 Km) e com o rio Cupari. Aventurar-se pelos vários cantos do Pará significa, sobretudo, ter contato com uma natureza plena de opções. O Estado possui lugares paradisíacos que são verdadeiros convites para quem curte mergulho, surf, Wind surf, canoagem, rafting, corrida de aventura, rally, trekking ou cavalgada. Os cenários são florestas, cavernas, cachoeiras, rios, áreas rochosas e muito sol. Um show imperdível da natureza é a pororoca. O fenômeno resulta do encontro das águas do Rio Amazonas com as águas do Oceano Atlântico. Há opções de passeios e roteiros turísticos seguros para todas as idades em várias cidades e lugarejos do Pará.
Com a vantagem de oferecer ao turista, além de cotijuba infraestrutura, uma empolgante e fascinante experiência de diversão e contato com habitantes, costumes e, principalmente, de comunhão com o que a natureza oferece. Marajó paraíso amazônico entre o mar e o rio e mar O Marajó está entre os mais importantes cenários ecológicos do Brasil. Com cerca de 3 mil ilhas e ilhotas, é o maior arquipélago flúvio-marítimo do Planeta e uma Área de Proteção Ambiental – APA. Possui exuberantes riquezas naturais espalhadas nos cerca de 50 mil quilômetros quadrados da principal ilha, o Marajó. O viajante tem oportunidade de se hospedar em fazendas tradicionais e viver experiências radicais, enfrentando as ondas da pororoca – nome dado ao encontro entre as águas do rio Amazonas e do Atlântico -, fazendo lanternagem de jacarés ou trilhando em lombo de búfalos. Aliás, o Marajó possui o maior rebanho de búfalos do país. Há também caminhos abertos pelos povos extintos, que também deixaram seus traços nas cerâmicas com desenhos que inspiram artistas até os dias de hoje. Há cerca de três mil anos, uma tribo de cultura avançada – os índios conhecidos como marajoaras – começou a povoar a ilha e deixou lá esse legado artístico e cultural. Na ilha, o turista poderá conhecer uma diversidade de fauna e flora que a tornam um dos destinos turísticos mais cobiçados do Pará. Lagos, manguezais, igarapés, sítios arqueológicos, pântanos e praias de rio são algumas das riquezas naturais que a ilha oferece. A viagem é ideal para quem gosta de ecoturismo, prática que começa no próprio trajeto que leva até o Marajó. Um dos principais cartões-postais do Pará, o Marajó é o destino ideal para quem também aprecia uma rica culinária que, lá, é complementada com queijos de leite de búfala, além de uma enorme variedade de peixes e frutas. Ou, se o turista preferir, pode simplesmente deixar-se ficar em praias de areias claras, em pousadas e hotéis com todo o conforto moderno, diante de um oceano Atlântico dourado pelas águas do rio Amazonas que como igual não existe no mundo. Dezesseis municípios fazem parte do arquipélago do Marajó. No lado leste estão as cidades de Soure e Salva terra. Separadas pelo rio Paracauari, as duas cidades oferecem pousadas e fazendas que são um campo fértil para acolher os visitantes que apreciam turismo rural. Em uma viagem de barco, toda a imensidão e os encantos da região podem ser apreciados, além das trilhas misteriosas que convidam a um passeio inesquecível.
A paisagem no Marajó nunca é a mesma. O viajante pode percorrer, no verão amazônico de junho a novembro os campos onde garças, guarás (aves de cor avermelhada), e dezenas de outros pássaros procuram alimento entre os rebanhos de gado zebu. E no inverno período que mais chove no Marajó (janeiro a maio) – cruzar em barcos esses mesmos campos, entre deslumbrantes jardins aquáticos. Em ambas as experiências, o turista verá sempre pássaros e pequenos mamíferos selvagens em profusão. E, quem sabe, poderá montar num cavalo baio, debaixo das cores do sol no Marajó não há pressa. No lugar, a tranquilidade dita o ritmo do dia-a-dia da terra. Terra, aliás, povoada de histórias de um povo antigo. Onde as lutas, vitórias, derrotas e linguagem podem ser conhecidas em uma visita ao Museu do Marajó, na cidade de Cachoeira do Arari.
Lá, as nuances do povo do Marajó são traduzidas em peças e fragmentos expostos. No museu há também a casa da piranha – lugar destinado à preservação da espécie. O visitante pode ter contato também com a realidade dos moradores do Marajó, saboreando o tradicional “queijo do Marajó” ou simplesmente se encantando pelo ritmo das danças folclóricas e belezas do marajoara, rico em detalhes e simbologias. Mas se a finalidade é conhecer a ilha de forma peculiar, basta ir a uma das fazendas que existem no local e escolher a montaria. O búfalo ou o cavalo marajoara são ideais para descobrir as vastas extensões do lugar. Há também trilhas ecológicas e passeios de barco. As praias completam o cenário do Marajó. A do Pesqueiro, Araruna e Barra Velha ficam próximas do centro de Soure. Em Salva terra, estão as praias de Joanes, Monsarás e Grande. A maioria, de areias brancas, pequenas dunas e água azul. Nas praias mais movimentadas, há barracas rústicas que servem bebidas e petiscos.
Para quem procura esportes radicais, o Marajó também é ótima opção. Na época da maré cheia, a prática do rafting, onde se desce os rios a bordo de um bote, é uma dessas emoções imperdíveis. Já para os adeptos de um passeio mais tranquilo, a dica é aproveitar a maré baixa e andar de bicicleta pelo litoral das lindas praias do Pesqueiro (Soure) e dos Pescadores (Salva terra). No Marajó também acontece um dos fenômenos mais apaixonantes da natureza a pororoca. Nome dado ao encontro entre as águas do rio Amazonas e as do Oceano Atlântico e que acontece de maio a julho. O melhor lugar para a observação é da Ilha de Caviana, com cinco mil metros quadrados. Tapajós, beleza selvagem no coração da Amazônia. O Tapajós é uma das melhores opções de visita que o Pará possui, ideal para a prática ecoturismo.
Nessa parte oeste do Estado, dois grandes rios da região se encontram em frente a Santarém, causando um efeito curioso e quase inacreditável. De um lado, o Amazonas, um dos maiores rios do mundo com suas grandes partes da floresta. Do outro, o Tapajós, com águas azuis, num tom quase esverdeado. Os dois rios correm lado a lado, durante vários quilômetros, sem nunca se misturar. Isso se deve ao fato de as águas serem diferentes na densidade, temperatura e velocidade. A região do Tapajós é a maior de todas as regiões turísticas do Estado, concentrando quase toda a porção ocidental do território paraense. Além de Santarém, outros municípios da região oeste possuem infraestrutura e belezas naturais para receber turistas, como Alenquer, Monte Alegre, Óbidos e Oriximiná. A natureza é um convite ao esporte, ao descanso à beira de belas praias fluviais e à aventura, já que uma das características da região é a geografia selvagem que presenteia o visitante com diversas cachoeiras e formações rochosas, um cenário perfeito para a prática de esportes de aventura como rapel e escalada.