CULTURA/ARTESANATO – PIAUÍ

A CULTURA PIAUIENSE.
Folclore é um conjunto de mitos e lendas que são transmitidos de geração a geração e se expressam através de danças, de poesias, de músicas, originando festas populares que ficam tradicionalmente conhecidas, passando a caracterizar determinadas regiões.
O folclore piauiense é rico em histórias, simpatias, causos, cordéis, folguedos, culinária, costumes e de tradições, que demonstram a sabedoria popular e o linguajar descompromissado do nosso povo. Dentre as lendas do folclore piauiense destacamos “CABEÇA DE CUIA” e o “Zabelê”. Cabeça de Cuia conta a história do pescador Crispim, que voltando da pescaria sem nenhum peixe, reclama da sopa rala de osso feita pela sua mãe. Aborrecido, atinge a mãe com um osso e, desesperado, se joga ao rio enquanto sua mãe agonizante lança-lhe uma maldição. O pescador transforma-se na “Cabeça de Cuia”, um homem de Cabeça enorme, que surge das águas assustando as lavadeiras e aterrorizando os pescadores que pescam além do necessário ao consumo. 
ZABELÊ – nome de uma índia, filha do chefe da tribo dos Amanajós, que se apaixona por Metara, índio da tribo dos Pimenteiras. Em virtude da inimizade das tribos, eles se encontravam às escondidas. Até que um dia, Mandahú, que sofria pelo amor não correspondido de Zabelê, descobriu o esconderijo dos namorados, gerando uma guerra entre as tribos, que durou seis sóis e sete luas, levando à morte de Zabelê – Mandahú a matou. O Deus Tupã transformou os amantes em aves, que cantam tristemente juntos, ao amanhecer.

O BUMBA-MEU-BOI
e a Quadrilha são exemplos de danças folclóricas piauienses que mais sobressaem. Bumba-meu-boi, dança originária do ciclo do gado, que satiriza a relação desigual entre escravos e senhores no século XVIII. O ritual da dança é feito dentro de figurino de tecido brilhoso, chapéus cobertos de espelhos enfeitados com franjas. A cantoria tem ritmo interessante e é acompanhado de instrumentos como o maracá, o bombo, apito entre outros. No ritual tem a parte falada, em que personagens do cotidiano e folclóricas, como engenheiros, doutor, o Caipora, o Burrinho, o Curandeiro, o Bastião, declamam e discursam no episódio da morte e ressurreição de um boi. O Bumba-meu-boi, faz parte das festas de junho, mês de Santo Antônio, São João e São Pedro.
Quadrilha – esta festa junina que chegou ao Brasil no século XIX, trazida pela Família Real portuguesa, caiu no gosto do povo e rapidamente se espalhou por todos os estados. No Piauí, segue o estilo tradicional, em relação aos passos cumprimento das damas troca de pares, caminho da roça, olha a cobra, etc. Os trajes de chitas estampadas e o chapéu de palha com tranças, fazem parte do figurino feminino e os homens estão sempre vestidos de matuto, camisa xadrez, com remendos e calças “pega marreca”. Assim como o Bumba-meu–boi, ela é dançada no mês de junho, em homenagem aos santos do mês.
O branco, o índio, o negro e outras etnias, estão presentes nas tradições populares piauienses. O Vatapá, por exemplo, é proveniente da cultura negra, a canjica da cultura indiana e a quadrilha, a dança tradicional do povo branco.
ARTESANATO DO PIAUI.
O artesanato do Piauí é reconhecidamente um dos mais encantadores, pela diversidade de material. Todos se rendem aos encantos do artesanato piauiense, que oferece bolsas, vasos, tapetes, espelhos, bordados, esculturas, talhas de muitos tipos de madeira e metais.
A diversidade de materiais é a principal característica que salta aos olhos no artesanato do Piaui. Cerâmica vermelha e branca, palha, madeira, couro, coquinho de tucum, argila, fibras naturais, carnaúba, buriti e a pedra opala, mostram a riqueza natural do Estado. A matéria-prima ganha vida nas mãos e na criatividade dos artesãos, que a transformam em pinturas, tecelagens, bordados, crochês, rendas e esculturas. Além dos utensílios de casa, objetos de moda, os artesãos piauienses produzem sacolas de palha a bolsas de diversos tamanhos, materiais e cores, que fazem parte dessa arte secular que se mistura à história do próprio Estado.
O artesanato é transmitido para os filhos, que desde cedo aprendem o oficio. E assim, essa antiga arte foi adquirindo aspectos regionais e brasileiros, como por exemplo, a forte religiosidade, uma herança da colonização piauiense, que transforma, pela criatividade do artesão, a madeira em arte, com a escultura de santos populares.

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