CULTURA/ARTESANATO – RIO GRANDE DO NORTE

A CULTURA DO RIO GRANDE DO NORTE.
O Estado conta com várias manifestações populares. Dentre elas, começamos pelas velhas danças do povo, que podem ser classificadas em dois grupos: O primeiro e mais importante deles, é o dos autos populares, misto de dança e espetáculo teatral em que há um fulcro dramático central, que caracteriza cada um deles; o segundo grupo é composto por danças folclóricas de forma em geral.
No Rio Grande do Norte foram descobertos enterramentos humanos de 10 mil anos nas regiões do Seridó, Meio Oeste e Alto Oeste potiguar. Essas datas indicam-nos que esses homens pré-históricos conheceram mamíferos de grande tamanho, hoje extintos, que viveram no interior do Nordeste na mesma época. O tigre dente-de-sabre (Smilodon popular), o mastodonte, parecido com o elefante (Haplomastodon waringi), várias espécies de paleólogas, preguiças e tatus gigantes, somente desapareceram por volta de 10 mil anos.
No sertão do Nordeste do Brasil, desenvolveu-se uma arte rupestre pré-histórica das mais ricas e expressivas do mundo, demonstrando a capacidade de adaptação de numerosos grupos humanos, que povoaram a região desde épocas que remontam ao pleistoceno final. Os mitos e cerimoniais representados, significam o imaginário das mais profundas e antigas raízes nordestinas.

MUSEU DE ARTE SACRA – 
Rua Santo Antônio, 698 – Cidade Alta (anexo à Igreja Santo Antônio).
MUSEU CAFÉ FILHO – Rua da Conceição, 601 – Cidade Alta. 
FORTALEZA DOS REIS MAGOS – É o mais importante monumento da cidade, sendo tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Teve sua construção iniciada em 1598. Foi ocupado pelos holandeses entre 1633 e 1654. Seu Formato lembra o de uma estrela de 5 pontas. Possui capela com poço de água doce, alojamentos e canhões antigos. Abriga o marco do Descobrimento e oferece visitas guiadas. Avenida Pte. Café Filho, Praia do Forte.

MUSEU CÂMARA CASCUDO –
 Fósseis e esqueletos, antropologia, folclore, utensílios indígenas. Avenida Hermes da Fonseca, 1398 – Tirol.
A Rua Chile, outrora Rua da Alfândega e do Comércio, era uma das principais ruas do bairro da Ribeira no início do século XIX. A partir de 1850, são construídos prédios de pedra e cal, na sua maioria armazéns destinados ao recebimento de algodão, açúcar, Tatajuba e peixe seco, entre outros produtos. A rua concentra casas e prédios que, por seu valor histórico e características arquitetônicas, constituem atualmente, a Zona de Preservação Histórica. Nela, encontra-se o prédio onde funcionou o Palácio do Governo 1869 a 1902, e que hospedou o Conde D’Eau, consorte da Princesa Isabel. Construído em estilo neoclássico, era o sobrado mais alto da época, uma edificação em três pavimentos. Ali, também, encontra-se a casa onde CÂMARA CASCUDO morou e a que pertenceu ao poeta Ferreira Itajubá. Atualmente, abriga várias atrações ligadas à cultura, como música dança e teatro. 
MUSEU DO MAR – Onofre Lopes, Avenida Sen. Dinarte Mariz, s/n – Praia de Mãe Luiza. Via Costeiro.
TEATRO ALBERTO MARANHÃO – Datado de 1904, em estilo neoclássico, oferece visitas monitoradas. Praça Augusto Severo – Ribeira.
TEATRO SANDOVAL WANDERLEY – Avenida Presidente Bandeira, 530 – Alecrim.
Antiga Catedral Metropolitana de Natal – Primeira Igreja de Natal, inaugurada em 25/12/1599. Hoje, abriga a Matriz de Nossa Senhora Aparecida da Apresentação. Praça André de Albuquerque s/n, Cidade Alta.
BOI CALEMBA – O Boi Calemba Pintadinho é uma das mais importantes manifestações folclóricas do Rio Grande do Norte, com mais de 100 anos de existência. Em 1929, foi pesquisado pelo escritor e pesquisador Mário de Andrade, juntamente com o folclorista Câmara Cascudo, que o acompanhou nessa aventura. Na ocasião da posse do presidente da República João Figueiredo, o Boi Calemba se apresentou na Praça dos Três Poderes a convite do Ministério da Cultura.
FANDANGO – A grande influência Portuguesa pode ser sentida nos passos das danças e folclore, nas expressões contidas nas Jornadas. O enredo desse evento grita em torno de um navio perdido no mar por 7 anos e um dia, correndo a tripulação perigo de incêndio, calmaria e tempestade.
CONGOS – Auto de inspiração africana, conta uma luta entre dois soberanos negros pela rainha Ginga e o rei Henrique Cariongo.
Lapinha e Pastoril – A lapinha ou presépio é uma dança religiosa que existe no Brasil desde o início da colonização. O elenco é formado por mocinhas que entoam jornadas das mais diversas procedências, em louvor ao Messias. O pastoril, seu primo profano, veio muito depois, no século passado. Cantos, louvações, lôas, entoadas diante do presépio na noite de Natal, aguardando-se a Missa do Galo. O repertório é um misto de cantos religiosos e profanos. Esse Auto simboliza o nascimento de Jesus. Os autos citados eram representados outrora durante as festas do fim do ano e começo do Ano-Novo.
CABOCLINHOS – Representados durante os dias de carnaval, com os fantasiados de índios estilizados e que já teve outrora seu núcleo dramático, com a morte e ressurreição do filho do cacique. Principais danças: O Araruna – Sociedade de Danças Antigas e Semides Aparecidas -, existem em Natal, desde 1956, e representa um repertório coreográfico de danças folclóricas ou folclorizadas, como o Coco e o Bambelô.
MANEIRO-PAU – São danças de roda em que não há qualquer enredo dramatizado, das quais o público pode participar. Já que não é exigida uma indumentária padronizada, ao contrário dos autos. O coco-de-roda e o coco de zambê, o Bambelô, ainda hoje existe em algumas praias. O maneiro-pau é característico da região serrana do alto oeste do Rio Grande do Norte.
Bandeirinhas e CAPELINHA-DE-MELÃO – Danças características do ciclo junino. As pastoras cantam jornadas em louvor a São João Batista.
ESPONTÃO – Dança característica da festa dos negros, na região do Seridó, durante a coroação de reis e rainhas, na Festa de Nossa Senhora do Rosário, em Caicó, Parelhas e Jardim do Seridó. É privativa dos homens e se assemelha a um bailado guerreiro.
BAMBELÔ – Samba, coco de roda, danças em círculo cantadas e acompanhadas de instrumentos de percussão (batuque), fazendo os bailarinos, no máximo de dois, figurarem no centro da roda.
OS ARTESANATOS POTIGUARES. De alimentos, como doces típicos de fabricação caseira (doce de leite, de coco verde, de frutas tropicais), a objetos de cerâmica, cestaria e trançados. Peças em madeira e em couro é uma marca do artesanato local. Trabalhos manuais em rendas, em bordados e a tecelagem completam a produção artesanal do RN. COURO – Pode ser de origem caprina ou bovina. São empregadas matérias-primas complementares à fabricação do produto. Natal, Caicó e Taipu são os pólos de produção desse tipo de artesanato.
MADEIRA – São peças esculpidas formando utilitários diversos, santarias ou imaginários. Destacam-se Taipu e Macaíba.
PEDRAS – As peças podem ser lapidadas ou esculpidas, formando adornos diversos. A maior produção se encontra no município de Currais Novos.
RENDA E BORDADOS –  Renda é a obra na qual o fio, conduzido por uma agulha, ou vários fios conduzidos por meios de bilros, geram um tecido e produz combinações de linhas análogas às que o desenhista obtém com o lápis. Diferencia-se do bordado pelo fato da decoração ser parte integrante do tecido, em lugar de ser aplicada em um tecido preexistente. Caicó é o mais tradicional polo produtor de rendas e bordados.
TECELAGEM –  Preparação do fio para fazer pano. São realizados em teares movidos a pedal. A rede é o produto mais representativo e comercializado nessa tipologia. Acari, Jardim do Seridó, Florânia, Arez, Ipanguaçu, São Paulo do Potengi e São Tomé, todos estes municípios produzem artesanato utilizando-se do tear.

6 Replies to “CULTURA/ARTESANATO – RIO GRANDE DO NORTE”

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