CULTURA/ARTESANATO – PERNAMBUCO

ARTESANATO
É praticamente impossível para o turista visitar Pernambuco e, na volta para casa, não levar na bagagem pelo menos uma peça mostrando o rico artesanato pernambucano. Vale bordados (para cama, mesa, banho e vestuário), madeira, barro; tudo feito à mão, num trabalho que exige esforço e paciência. Uma tradição que passa de geração a geração. Conheça os polos do artesanato em Pernambuco.

RECIFE. CASA DA CULTURA
A antiga casa de detenção, restaurada em 1975, foi transformada em centro de cultura regional. O museu do frevo, lojas de artesanato, lanchonete e postos de informações turísticas estão instalados nas antigas celas. A Casa da Cultura fica na Rua Floriano Peixoto, s/n, Santo Antônio – fone: (81) 3224-2850. Funciona de segunda a sábado, das 9h às 19h e aos domingos, das 10h às 15h. A entrada é gratuita.

OFICINA DE CERÂMICA BRENNAND

Cerca de 1.500 peças do artista pernambucano Francisco Brennand, ficam em exposição permanente em meio a uma reserva da Mata Atlântica, no bairro da Várzea. As peças mostram a diversidade da expressão do ceramista. No local funciona ainda uma fábrica, que produz cerca de 20 mil metros quadrados de cerâmica por mês. A cerâmica Brennand é considerada uma das melhores do estado. A oficina fica no Engenho São João, Várzea, fone: (81) 3271-2466. Aberta de segunda a sexta, das 8h às 17h.

OLINDA

A cidade patrimônio da humanidade é um caso particular das artes plásticas em Pernambuco. Concentra um grande número de artistas e artesãos que trabalham, na maioria das vezes, ao ar livre, nas estreitas ruas e ladeiras do município. A produção cultural do local vai desde a pintura à confecção dos tradicionais bonecos gigantes, passando pela escultura, estamparias, máscaras de carnaval e xilogravuras. Os locais mais indicados para um apanhado da produção de artesanato olindense são o Mercado Eufrásio Barbosa, no Varadouro, e o da Ribeira, na Cidade Alta. As lojinhas do Alto da Sé também são boas opções. Olinda fica a 8 quilômetros da capital pernambucana, e faz parte da Região a Lagoa do Carro, da Pernambuco Metropolitana de Recife.
CAMARAGIBE. Município da Região Metropolitana de Recife se destaca como polo artesanal de tecelagem. Os tecelões estão reunidos em uma cooperativa. LAGOA DO CARRO. A 61 quilômetros de Recife, na Zona da Mata Norte do Estado, o município é famoso em todo o Brasil por sua produção de tapetes. Inicialmente, os desenhos apenas reproduziam os azulejos portugueses aplicados nas fachadas e construções recifenses. Aos poucos, elementos da cultura nordestina também foram ganhando espaço. A produção de tapetes artesanais é a principal atividade de Lagoa do Carro, a ponto de os novelos de lãs serem utilizados até como moeda corrente. Os tapeceiros se reúnem em cooperativas e associações e distribuem sua produção para todo o Brasil. GRAVATÁ. O forte do artesanato de Gravatá, distante 85 quilômetros de Recife, são os brinquedos educativos. Os artesãos locais esculpem carros, mobília para bonecos, cavalos e peões. São peças simples e bem-acabadas que funcionam na decoração e divertem as crianças. A produção moveleira também merece destaque. O preço varia de acordo com o tamanho. Os utilitários também aparecem em grande variedade. Nas esculturas, o estilo palito é o que mais tem sido trabalhado na cidade. LAZER BEZERROS. O universo lúdico dos folguedos de carnaval e dos brinquedos populares são as principais fontes de inspiração para os artesãos de Bezerros, distante a 107 quilômetros de Recife, agreste pernambucano. Lá, são confeccionadas as máscaras em papel machê dos famosos papangus, fantasias tradicionais da folia no município. Uma boa amostra das coloridas fantasias e das máscaras, que também servem como elementos de decoração, pode ser encontrada no Centro Cultural Papangu.

ARTESANATO CARUARU. A 130 quilômetros de Recife, o município do Agreste do Estado é considerado pela UNESCO um dos maiores centros de arte figurativa das Américas. Em toda a cidade é possível encontrar peças do artesanato local, feito em barro pelos seguidores do Mestre Vitalino, o ARTESÃO VITALINO PEREIRA DOS SANTOS, que esculpia cenas do dia-a-dia do sertão pernambucano. O melhor do artesanato de Caruaru pode ser encontrado no Alto do Mouro, bairro onde o Mestre viveu e deixou mais de três mil seguidores. É lá onde fica o Museu Mestre Vitalino, uma casa de taipa onde viveu o artesão. Outra opção é o Museu do Barro e da Cerâmica, na Praça. Cel. José de Vasconcelos 100.
TRACUNHAÉM.
A cerâmica artesanal é o forte do município de Tracunhaém, que fica a 72 quilômetros da capital pernambucana, no Agreste do Estado. As peças são feitas com argila, facilmente encontrada às margens do rio que leva o mesmo nome da cidade. Da matéria-prima em estado bruto, surgem esculturas que, em sua maioria, retratam imagens paradoxais, santos católicos e cenas profanas. Também são confeccionados cinzeiros, jarros e utensílios em geral. Praticamente toda a produção é feita no Núcleo de Produção Artesanal. O espaço reúne trabalhos de cerca de 50 artistas locais.

PASSIRA.

A 100 quilômetros de Recife, a cidade no Agreste Meridional de Pernambuco, abriga nada menos que 5 mil bordadeiras, entre seus cerca de 30 mil habitantes. As rendas e os bordados do local tiveram, durante muito tempo, presença garantida nos casamentos da aristocracia recifense. A maioria das casas locais é também lojinha de venda de bordados e rendas com detalhes coloridos. Em novembro, a cidade promove uma grande feira, que atrai compradores e admiradores do artesanato de todo o país. 

CACHOEIRINHA
 
A 171 quilômetros de Recife, o município é famoso por seu artesanato feito de couro e aço. A cidade é um dos polos pernambucanos em artefatos feitos com essas matérias-primas. Os artistas estão reunidos em uma cooperativa.

AS CARRANCAS DE PETROLINA
Petrolina também é conhecida como a cidade das carrancas. Essas enigmáticas esculturas – compostas apenas de cabeça e pescoço e que misturam feições humanas e animais – eram utilizadas nas embarcações do rio São Francisco, no final do século XIX, para adornar os barcos e afugentar os maus espíritos. Embora as carrancas possam ser encontradas em todas as lojas de artesanato da cidade, alguns escultores são mais notórios – como Ana Leopoldina dos Santos, a “Ana das Carrancas”, e Gabriel Pereira Filho, o “Biau Carranqueiro”. Seus trabalhos podem ser encontrados em seus ateliês, na BR 407 s/n, COHAB e na Rua Irmã Jerônimo, nº 13, Centro, respectivamente. 
Outra atração do artesanato de Petrolina é o trabalho de Roque Gomes Rocha, o Roque Santeiro. Ele trabalha há mais de 20 anos com madeira, esculpindo em troncos de amburana anjos, santos e mulheres sensuais. Seu ateliê fica na Rua Cícero Pombo nº 435, Centro. Petrolina fica a 769 quilômetros de Recife, Sertão do São Francisco. Mais informações, Oficina do Artesão de Petrolina. Fone: (87) 3864-2069. 

CULTURA SERTÂNIA
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Os oratórios – utilitários domésticos feitos de talhas de madeira são o forte da produção artesanal de Sertânia, a 316 quilômetros de distância da capital de Pernambuco, no Sertão do Pajeú. O acesso é feito pelas BR 110 e 232. Os artesãos do local são organizados em associações e cooperativas. Informações. Socorro Carvalho (87) 3841-1505, Carlos (87) 3841-2481.  

ÁGUAS BELAS
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Cidade a 314 quilômetros de Recife, é famosa pela riqueza de seu artesanato indígena. No local, está a tribo Fulni-ô, uma das maiores do Estado. O acesso é feito pela BR-232 até Garanhuns e pela BR-423 até Águas Belas.  

ARTESANATO DE IBIMIRIM.

São os santos, em diversos estilos e tamanhos. As imagens são feitas em barro e madeira. A cidade fica a 312 quilômetros da capital pernambucana.
A CULTURA DE PERNAMBUCO E UMA TERRA QUE RESPIRA DIVERSIDADE CULTURAL.
Nas ruas ou em centros culturais, ritmos como maracatu e frevo guiam o turista pelo Estado, num passeio que tem história, boemia e praias. Tem Papangu, caboclo de lança e calunga, visse? Quem conheceu o Carnaval de Pernambuco volta para casa com o vocabulário ampliado. Mas não somente de palavras que definem personagens e fantasias da festa. A diversidade cultural do Estado vai muito além dos figurinos de reis e rainhas do maracatu rural. Está na música ouvida a cada esquina, com orquestras exaltando o frevo e outros ritmos. Na engenhosidade de artesãos que criam figuras como os bonecos de Olinda. Na animação de um povo que sabe fazer festa.
A folia que se tornou símbolo do Brasil, encontra nas ruelas históricas do Recife Antigo e de Olinda, uma de suas mais originais formas de expressão. Mas não se limita a esses dois pontos obrigatórios dos turistas. Do sincretismo religioso e da cultura diversa dos africanos escravizados, nasceu o maracatu, que tem sua maior expressão na cidade de Nazaré da Mata, que é considerada berço do gênero.

BEZERROS.
Da influência rural, nasceram as máscaras dos papangus, os homens que saem disfarçados durante o carnaval para, diz a lenda, “comer angu” pelo agreste pernambucano. A tradição acontece principalmente no município de Bezerros. A boa notícia para quem perdeu o carnaval, é que o clima festivo e as manifestações culturais de Pernambuco são atemporais. E o melhor: fora da festa não será preciso encarar preços tão nas alturas ou dar de cara com a porta fechada em atrativos turísticos e comerciais. Carnaval à parte, é possível conhecer a riqueza de ritmos e tradições pernambucanos durante todo o ano. O viajante ainda pode esticar a visita e conhecer outros paraísos, como Porto de Galinhas, com suas piscinas naturais, que fica a apenas uma hora da capital.

MUSEUS.
Outro bom mergulho perto de Recife é no encontro do mar com o rio Maracaípe, no município de Ipojuca, a cerca de uma hora e 15 minutos de carro. Na capital, os museus Paço do Frevo e Cais do Sertão ficam pertinho do Marco Zero, que é parte do centro histórico. Olinda, logo ao lado, é destino certo. Por lá, a parada na esquina Quatro Cantos, onde terminam as principais ruas, é ponto ideal para apreciar a cidade, que faz jus ao nome. Que linda!
Fora da festança, dá para conhecer a cultura carnavalesca sem grandes sobressaltos, em locais como o Espaço Cultural Paço do Frevo, que fica na simpática praça do Arsenal, no centro histórico. O objetivo do museu é promover as danças e as músicas típicas, para além do carnaval. São três andares, com exposições interativas, que contam a história dessa manifestação, que surge da fusão de marcha, maxixe, dobrado e polca. Também há espaço para mostrar a influência da capoeira nos passos de dança do frevo.
Visitar a parte histórica da cidade é obrigatório em qualquer época. Vale começar pelo Marco Zero, de onde é possível observar o Parque das Esculturas, com 90 obras de Francisco Brennand (pode-se conhecer o local mais de perto, em passeios de catamarã, que saem diariamente do Cais de Santa Rita). No Marco Zero fica também o belo Cais do Sertão, museu que conta, através de exposições interativas, a vida no sertão pernambucano. No acervo, há um vasto material sobre a cultura sertaneja e ícones nacionais, como Luiz Gonzaga e Ariano Suassuna. Saindo do Marco Zero, a caminhada pelas ruas históricas do centro leva à primeira sinagoga do Brasil e a casas coloniais que abrigam pontos turísticos importantes, como o Centro de Artesanato e o Museu Afro Brasil. Fonte Portal O Tempo.

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