COMITÊ GESTOR DA CULTURA VIVA. A Lei nº 14.663, de 30 de dezembro de 2014, institui a Política Estadual de Cultura Viva, destinada a promover a produção e a difusão da cultura e o acesso aos direitos culturais dos diferentes Grupos e Coletivos e dá outras providências. O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado da Federação a contar com a Lei Cultura Viva. O Comitê Gestor da Política Estadual de Cultura Viva é órgão colegiado com atribuições normativas, deliberativas, consultivas e fiscalizadoras, tendo por finalidade promover a gestão democrática da Política Estadual de Cultura Viva, cujo mandato dos representantes será de dois anos.
O SISTEMA ESTADUAL DE MUSEUS (SEM/RS) é um órgão da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que visa sistematizar e implementar políticas de integração e incentivo aos museus de todo o Estado, com diretrizes estabelecidas de forma democrática e participativa por estas instituições. A criação destes sistemas no Brasil foi estimulada desde 1986, com o estabelecimento do Sistema Nacional de Museus. Em 1990 foi definida a divisão regional do Rio Grande do Sul em sete Regiões Museológicas e encaminhado projeto ao Executivo Estadual. Através do Decreto nº33.791, de 21.01.91 é criado o Sistema Estadual de Museus do Rio Grande do Sul. Composto por um coordenador geral, nomeado pelo secretário da Cultura e por sete coordenadores regionais, eleitos diretamente pelos representantes dos museus de cada região. O SEM/RS propicia às instituições museológicas participarem nas respectivas sedes das atividades (reuniões, exposições, cursos), promovidas periodicamente. Atualmente, as Regiões Museológicas encontram-se assim divididas: 1ª Região: sede Porto Alegre – 2ª Região: sede Bento Gonçalves – 3ª Região: sede Erechim – 4ª Região: sede São Luiz Gonzaga – 5ª Região: sede Santa Maria – 6ª Região: sede Dom Pedrito – 7ª Região: sede Pelotas. O SISTEMA ESTADUAL DE BIBLIOTECAS, começou a ser estruturado em 1977, sendo instituído pelo decreto nº 30.947, de 24 de dezembro de 1981, com objetivo de organizar, coordenar, planejar e apoiar as bibliotecas públicas gaúchas. A Instituição tem como metas coordenar as políticas do Ministério da Cultura e do Sistema Nacional de Bibliotecas no Estado, dar orientação e assessoria ao planejamento das atividades das bibliotecas estaduais e prestar assessoria às bibliotecas públicas municipais no Rio Grande do Sul. O Sistema Estadual de Bibliotecas públicas disponibiliza acervo aos municípios que tenham bibliotecas públicas cadastradas e ativas. A cada dois meses há kits disponíveis. Também oferece treinamento em softwares especializados na organização de acervos e sua gestão. As novas bibliotecas são acompanhadas de uma equipe, que orienta sobre todos os princípios e procedimentos recomendados pelas modernas técnicas e pela UNESCO. Estimula ainda, a elevação da capacidade técnica dessas instituições, com a contratação de profissionais bibliotecários, de forma a disponibilizar aos usuários os serviços de melhor qualidade, o acervo mais adequado, técnicas atualizadas e o estabelecimento de relações de cooperação com a comunidade e as outras instituições governamentais e não governamentais.
O INSTITUTO ESTADUAL DE ARTES CÊNICAS – IEACen, destina-se a atender as atividades que compõem as artes cênicas – circo, dança, teatro e ópera – em todo o estado do Rio Grande do Sul. O principal objetivo do IEACen é construir uma base sólida capaz de sustentar a continuidade da produção artística do estado e o acesso da população gaúcha à diversidade de linguagens e estéticas do setor. As ações do instituto são pautadas pela estruturação de um corredor cultural no estado, pelo aprimoramento na formação de artistas e técnicos e pela viabilização de condições favoráveis à circulação dessa diversidade cultural, para, assim, impulsionar a efervescência da cultura no Rio Grande do Sul e desenvolver o imaginário da sociedade. O INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO ESTADO é uma Divisão da Secretaria de Estado da Cultura do RS (Sedac), cuja responsabilidade é a identificação, cadastramento, fiscalização e promoção de ações de preservação do Patrimônio Cultural do Estado. Desenvolve projetos de pesquisa nas áreas de História, Urbanismo, Tecnologia das Construções e Educação Patrimonial. O IPHAE busca também o fortalecimento da autoestima das comunidades e o desenvolvimento da consciência de suas histórias, mantendo suas identidades e valores culturais. O Instituto contribui na busca de parcerias públicas e/ou privadas para que a Sedac estabeleça convênios com as mesmas. Cabe à instituição, a instrução técnica do tombamento de bens culturais, por meio de legislação específica, a fim de que a Sedac, a partir da efetivação do tombamento, impeça que os mesmos sejam destruídos ou descaracterizados. Em 1954, foi criada a Divisão de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, ligada à Secretaria da Educação. No regulamento, ficou estabelecida a defesa do patrimônio arquitetônico e cultural do Estado, além de estudos e difusão do folclore.
INSTITUTO ESTADUAL DO LIVRO. Órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura, o IEL tem como função principal realizar atividades associadas ao livro, tais como edições de textos originais de autores estreantes ou obras clássicas, promoção de encontros de escritores com a comunidade, organização de seminários, viabilização de uma política do livro e da leitura, cooperação com entidades públicas e editoras locais. Nossa História. O Instituto Estadual do Livro foi criado em 29 de janeiro de 1954, com o objetivo de difundir a literatura produzida no Estado através do apoio aos novos escritores e à preservação da memória literária e cultural do Rio Grande do Sul. O ano de 1956 é marcado por uma das primeiras grandes realizações do Instituto, com o ciclo de palestras intitulado “Estudos sobre o Romantismo”. A partir de 1972, definida uma política cultural, o IEL passa a desenvolver simultaneamente diversos projetos, distribuindo livros às delegacias de Educação e bibliotecas escolares, bem como realizando cursos, painéis e seminários. O grande impulso nas atividades tem à frente o dinamismo da diretora Lígia Averbuck, que leva a instituição a ter destaque no cenário cultural brasileiro com o lançamento de novos escritores gaúchos, entre eles Caio Fernando Abreu, Luiz Antônio de Assis Brasil, Carlos Carvalho, Ivo Bender, Antônio Carlos Resende, Sérgio Capparelli. Durante esse período também é criado o Projeto Encontros de Escritores, atendendo estudantes de 1º e 2º Graus – o hoje denominado Projeto Autor Presente.
O INSTITUTO ESTADUAL DE MÚSICA – IEM –, foi criado pela Portaria número 11 em 23 de novembro de 1990, para promover e apoiar políticas públicas para o segmento musical em âmbito estadual. Tem entre suas competências a realização de cursos, oficinas, atividades de documentação e pesquisa, encontros, congressos, seminários, festivais e apresentações musicais. No ano de 2015, o Instituto criou a Associação de Amigos do Instituto Estadual de Música – AMIEM. O coletivo integra profissionais do fazer musical do Rio Grande do Sul, com o objetivo de apoiar as ações do IEM de fomento à produção, difusão e circulação da música gaúcha. A AMIEM busca representar esta classe de profissionais, fomentar a cultura musical nos diversos âmbitos da sociedade civil, executar e promover políticas públicas que deem suporte ao exercício da atividade, ao propor e cobrar do poder público melhorias nas condições de trabalho de todos os agentes da cadeia produtiva, ampliando assim suas oportunidades. O IEM organiza e apoia ações de difusão da música gaúcha, cursos e oficinas de formação e atualização profissional, de nível médio, técnico e superior, na busca pelo aprimoramento qualitativo dos(as) músicos(as), produtores(as) e educadores(as) musicais gaúchos(as). A Instituição também realiza ações de fomento à produção, difusão, circulação e intercâmbio da música gaúcha, em parceria com o sistema pró-cultura do Rio Grande do Sul. O INSTITUTO ESTADUAL DE CINEMA – IECINE –, foi criado pelo Decreto Executivo número 32.289 em 22 de julho de 1986, para incentivar e apoiar, de forma sistemática, a produção, distribuição e exibição cinematográfica no Estado. INSTITUTO ESTADUAL DE ARTES VISUAIS. O IEAVi, criado em 1990, tem a função de coordenar ações relacionadas às artes visuais, promovidas pelo governo do Estado.
ARTESANATO DO RIO GRANDE DO SUL É a expressão mais genuína da autenticidade popular. É a fusão de várias culturas que passa de geração em geração, que se identifica com seu entorno, sua simplicidade de desenhos e revelam seus sentimentos. O turista que visita o Rio Grande do Sul tem a oportunidade de constatar esta afirmação. Aqui, o visitante poderá apreciar e adquirir um artesanato regionalizado, e consequentemente diversificado, conforme as distintas etnias do nosso povo. Porém, o artesanato mais característico do Rio Grande do Sul é aquele representado pela cultura e hábitos dos pampas. É nesta região que o gaúcho buscou inspiração e os materiais necessários para construir os utensílios de seu rancho, bem como aqueles destinados às lides campeiras. Entre os materiais ainda hoje empregados no trabalho artesanal está o couro bovino, cuja origem do seu uso confunde-se com a história antropológica do gaúcho. É o principal componente de produtos tradicionalmente artesanais, como bainhas de faca, boleadeiras, arreios, botas, guaiacas, malas de garupa, assim como móveis caseiros, como o lastro trançado em couro das camas, tapetes, os assentos e encostos das cadeiras. Mas não é só o couro que pode ser aproveitado de animais, e não apenas necessariamente de bovinos como se pensa, os chifres também são utilizados. Os cabos de facas, chairas e canivetes, que são ornamentados com chifres bovinos, destacam-se de seus similares. Assim como serve de cantil para guardar a “canha” (cachaça). Antigamente, os chifres também eram utilizados para a fabricação de isqueiros. Dentro da linha de artesanato campeiro, destaca-se ainda a lã de ovelha. Esta matéria prima é a mais representativa do artesanato sul-rio-grandense de inverno, sendo a base para confecções de cobertores, agasalhos, tapeçaria e decoração de ambientes. Estas duas últimas, originalmente encontradas em casas de campos, sítios e fazendas, hoje enfeitam também as residências urbanas. Contudo, a tradicional cuia de chimarrão, símbolo máximo da bebida do gaúcho, não poderia faltar. Seu trabalho artesanal, elaborado a partir da fruta do porongueiro, o porongo, chama atenção pela sua rusticidade e durabilidade. Na cadeia do peixe, aproveita-se as escamas e couros de peixes das colônias de pescadores, gerando renda para suas famílias. Devemos enaltecer também, as cadeias do osso e das gemas e joias, muito forte no RS. Também rica e diversificada é a cultura alimentar tradicional, ou artesanato degustativo, que envolve uma variedade de produtos, que vão desde o famoso churrasco, cuca, bolos, doces, balas, compotas, biscoitos e chocolates, até a elaboração de pratos típicos de determinados lugares. O aproveitamento da matéria-prima da região é característica deste artesanato que acaba tornando-se uma referência e um atrativo para o turismo do lugar onde é confeccionado. Também é muito utilizado o reaproveitamento de alimentos, como cascas de verduras, raízes, frutas e folhas. Com isto, assinala-se a linha de frente da expressão artesanal do RS, sem esquecer, entretanto, de citar os trabalhos trançados em palha de milho e os produtos indígenas, que tem no cipó e no guaimbé a matéria prima essencial para a fabricação de arcos, flechas, chapéus, cestas e ornamentos.