CULTURA/ARTESANATO – SANTA CATARINA

A tradição dos povos que fizeram parte da história catarinense ainda está presente em meio aos novos sotaques e costumes daqueles que escolheram Santa Catarina para viver mais recentemente. Essa cultura torna-se ainda mais evidente durante a promoção de eventos consagrados no Estado, como o Circuito das Festas de Outubro, liderado pela OKTOBERFEST, de Blumenau. Outros exemplos são a FESTA DO PINHÃO, em Lages; e a Festa do Divino Espírito Santo, uma tradição secular transmitida pelos açorianos e hoje celebrada principalmente na Ilha de Santa Catarina e nos municípios litorâneos. Entre exemplos de palcos para expressão artística das novas gerações, ganha destaque o tradicional Festival de Dança de Joinville. A história cultural também é percebida nos conjuntos arquitetônicos tombados pelo Estado e nos acervos dos museus. A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) administra atualmente a Casa da Alfândega e o Museu Histórico de Santa Catarina (em Florianópolis), o Museu Etnográfico Casa dos Açores (em Biguaçu), o Museu Casa de Campo Governador Hercílio Luz (em Rancho Queimado) e o Museu Nacional do Mar (em São Francisco do Sul). E para a promoção das novas manifestações culturais catarinenses, a FCC tem sob sua responsabilidade o Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), o Teatro Governador Pedro Ivo e o complexo cultural do Centro Integrado de Cultura (CIC), todos na Capital.
Os CASARÕES PORTUGUESES do Litoral, a arquitetura em estilo enxaimel no Vale do Itajaí e no Norte do Estado e as tradições italianas ainda fortes no Oeste são exemplos concretos da diversidade cultural catarinense, hoje enriquecida com a soma de novos sotaques e costumes daqueles que escolheram Santa Catarina para viver. Para proteger essa riqueza, o circuito cultural catarinense é composto por dezenas de conjuntos arquitetônicos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ou pelo Estado e pelos municípios.
Além do patrimônio arquitetônico e artístico, há também os acervos nos museus. Há conjuntos históricos que representam outras etnias europeias que também participaram, em menor escala, da colonização do Estado. A cidade de Treze Tílias, no meio-oeste, foi fundada por imigrantes austríacos vindos da região do Tirol e parece uma vila típica saída dos Alpes. Outros dois grupos étnicos com contribuições arquitetônicas que merecem destaque são os poloneses e os ucranianos.

Para saber mais acesse o site da Fundação Catarinense de Cultura e da Santur. https://www.sc.gov.br/conhecasc/cultura  
O ARTESANATO DE SANTA CATARINA é bastante diversificado e sofreu influência de diversas etnias. Alguns objetos que possuem grande aceitação preservam as características e tipicidade dessas etnias, a exemplo das pêssankas (ucranianas), e do origami, kirigami, oshibana e ikebana (japoneses). Destacam-se ainda o artesanato em madeira, a tecelagem em cerâmica e em fibras naturais. Em Santa Catarina, o artesanato apresenta forte influência dos colonizadores alemães e italianos. Destacam-se as técnicas de pintura e a fabricação de porcelana, entalhes em madeira, esculturas e trabalhos em cerâmica.
O artesanato característico do Rio Grande do Sul é representado pela cultura e hábitos da pampa. Entre os materiais empregados no trabalho artesanal está o couro bovino como o principal componente de produtos artesanais, como bainhas de faca, boleadeiras, arreios, botas, guaiacas, malas de garupa, assim como móveis caseiros, como o lastro trançado em couro das camas e os assentos e encostos das cadeiras. Destaca-se ainda a lã de ovelha, que como matéria prima é a mais representativa do artesanato sul-rio-grandense de inverno, sendo a base para confecções de cobertores, agasalhos, tapeçaria e decoração de ambientes. Também podemos destacar a cuia do chimarrão, bebida típica, elaborada a partir da fruta do porongueiro, o porongo.
Santa Catarina ganha destaque nesse cenário ao propor formas de reutilizar resíduos têxteis tão inovadoras quanto representativas da cultura local. A indústria têxtil e de vestuário do Estado, com suas mais de 10 mil empresas mapeadas pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), oferece a matéria-prima necessária para os artesãos desenvolverem sua criatividade, assim como os resíduos oriundos da indústria de papel e celulose.
Procurando representar e enaltecer o artesanato catarinense, em especial a vertente de transformação de resíduos em produtos de qualidade, o Sebrae/SC realizou a exposição “Entre Contrastes”, em parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Turismo, além de grandes empresas como Klabin, RenauxView, Dohler, Euro Fios, Cia Hering e Ufo Way, entre outros parceiros.
Fonte G1.

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