Em agosto de 1883, SÃO JOÃO BOSCO, santo italiano conhecido como Dom Bosco, sonhou que fazia uma viagem à América do Sul – continente que jamais visitou. Ao chegar à região, entre os paralelos 15° e 20°, viu um local especial em sua visão, como a terra prometida, e que seria uma riqueza inconcebível. De onde jorrara leite e mel. Muitíssimo antes de os traços modernistas de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer serem esboçados, a cidade foi desejada e imaginada, desde os primórdios da Independência. Ao contrário do que convencionalmente se imaginava, Juscelino Kubitschek não criou Brasília, a cidade que em 21 de abril de 1960 foi inaugurada, mas sim, cumpriu um preceito constitucional, que previa a transferência da capital do País para o centro geográfico do imenso território brasileiro. A atual capital do País é a materialização de um velho projeto, cuja ideia remonta a ninguém menos que. JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADE E SILVA (1763- 1838), o Patriarca da Independência. Em um panfleto chamado “Aditamento ao Projeto de Constituição, para fazê-lo Aplicável ao Reino do Brasil”, publicado em Lisboa, em 1822, Bonifácio propôs a construção de uma nova capital “No centro do Brasil, entre as nascentes dos confluentes do Paraguai e Amazonas, fundar-se-á a capital desse Reino, com a denominação de Brasília”. Após a efetivação da Independência, da qual fora um dos artífices, Bonifácio tornou-se presidente da primeira Assembleia Constituinte de nossa história, em 1823, na qual defendeu, entre outras ideias, a abolição do tráfico negreiro, a instrução pública, a fundação de uma universidade, a reforma agrária e a “construção de uma nova capital do Império no interior do Brasil, em uma das vertentes do rio São Francisco, que poderá chamar-se Petrópolis ou Brasília”. A primeira atitude que se instalou realmente no coração brasileiro, foi a ideia de interiorização da nossa capital, que partiu dos inconfidentes mineiros, em 1789. A conversa saiu da Colônia, atravessou o Atlântico e chegou até Portugal, dando conta de que o Rio de Janeiro deveria perder seu status para São João Del Rey, em Minas Gerais, como estava na cabeça do alferes José Joaquim da Silva Xavier, Tiradentes. Como os inconfidentes foram degolados e aniquilados, a ideia de interiorização da capital brasileira dormiu para só acordar em março de 1813, quando o jornalista HIPÓLITO JOSÉ DA COSTA PEREIRA DE MENDONÇA, numa das 175 edições do seu Correio Braziliense, publicada em Londres, defendeu com mais força, o “transplante” do coração do Brasil para o Planalto Central, nas cabeceiras do Rio São Francisco, mais precisamente na comarca do mineiro Paracatu. Repercutiu forte, na Inglaterra e em Portugal, a sugestão de nos dar uma capital no Paralelo 15. Depois de Tiradentes e de Hipólito Mendonça, o terceiro defensor da interiorização da capital foi José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1821, usando sua influência política, pois fora ministro de Estado e vice-presidente provisório de São Paulo, quando escrevera um documento dirigido a parlamentares e à Corte de Lisboa.
Dois anos depois, como o primeiro ministro do Brasil independente, José Bonifácio voltou a pressionar pelo tema, daquela vez, junto à Assembleia Constituinte. Foi quando sugeriu o nome de Brasília, ou Petrópolis.
A primeira viagem ao centro oeste para construção da Capital Federal Brasília.
A primeira viagem ao Planalto Central do País, para localizar a futura capital, foi feita em 1877, pelo Visconde de Porto Seguro, o DIPLOMATA ADOLFO DE VARNHAGEN. Oficializada pelo Ministério da Agricultura, a aventura, em lombo de burro e na botina, era para indicar regiões propícias à colonização europeia no Brasil. Varnhagen sugeria o nome de imperatória, para a nova capital, que seria a sede do Império. Antes, porém, em 1852, o parlamentar pernambucano Holanda Cavalcanti apresentara projeto ao Senado, dando continuidade ao que José Bonifácio semeara, em 1823. Em 1853, o senador piauiense João Lustosa da Cunha Paranaguá, o segundo Marquês de Paranaguá, continuara “projetando” o tema. Houve, ainda, pronunciamento, com apartes, do senador capixaba Maetim Cruz Jobim. Na Câmara, a primeira iniciativa foi em 1831, do deputado paraense João Cândido de Deus e Silva. E, naquelas poucas iniciativas, rolaram, no Brasil Império, o sonho de Brasília ou Petrópolis, ou imperatória.
A saga de Deodoro.
O MARECHAL DEODORO DA FONSECA, nosso primeiro presidente, fez do Rio de Janeiro “capital provisória” da República, e os constituintes de 1890/91 deram mais um passo para o surgimento de Brasília. Durante 100 dias de trabalhos, os constituintes reforçaram o propósito mudancista do alagoano Deodoro da Fonseca e determinaram uma área de 14.400 quilômetros quadrados, sob a forma de quadrilátero destinado à nova Capital brasileira”. Em 1892, nosso segundo presidente, o marechal Floriano Peixoto, mandou a Comissão Exploradora do Planalto Central, chefiada pelo belga Luiz Ferdinand Cruls, diretor do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro, estudar e demarcar o que previa a nossa primeira Constituição.
A Pedra fundamental de Brasília está em Planaltina.
Em 1894, Cruls entregou o seu trabalho ao Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas e, no mesmo ano, passou a chefiar a Comissão de Estudos da Nova Capital da União. Num relatório preliminar, de 1895, ele admitia que o melhor local para nascer a nova capital seria na área entre os rios Torto e Gama e o Vale do Rio Descoberto. Mas o sucessor do Marechal de Ferro Prudente de Moraes, alegou falta de verbas e desativou a comissão. Só se voltou a falar em mudança da capital do País em 1922, por ocasião do primeiro centenário. O projeto dos deputados Rodrigues Machado (maranhense) e Americano do Brasil (goiano), propondo o lançamento da pedra fundamental, em 7 de setembro de 1922, oficializado pelo presidente Epitácio Pessoa, aconteceu, ao meio-dia daquele dia, na área demarcada por Luiz Cruls, exatamente, onde fica Planaltina. JK e seus secretários criaram o museu em planaltina, terra onde está a pedra fundamental. Hora de desapropriar as terras – Lançada a pedra fundamental da construção da nova capital, o Brasil dos presidentes Epitácio Pessoa, Arthur Bernardes, Washington Luís e Getúlio Vargas, viveu entre dificuldades financeiras e políticas, revoluções e ditadura. Para piorar, os constituintes de 1934, deram um retrocesso na questão mudancista. Mas os de 1946 deram um passo à frente, fixando para o início dos estudos da localização da nova capital.
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – No meio das discussões, rolava a “peruada” de Café Filho, onde se pensava em Goiânia ser a nova capital, o que ganhou o apoio imediato, evidentemente, de PEDRO LUDOVICO, Diógenes Magalhães, Dário Cardoso e João D Abreu, constituintes goianos, que antes defendiam a nova capital onde Luiz Cruls havia sugerido a Pedra Fundamental de Brasília em Planaltina. De outra parte, os mineiros, liderados por Benedito Valadares, Israel Pinheiro, Daniel de Carvalho e, pasmem, Juscelino Kubitscheck de Oliveira, cuja cabeça fora feita pelo também mineiro Lucas Lopes, ministro dos Transportes nos governos Café Filho (1954/55) e Nereu Ramos (50 dias, entre 55/56), brigavam e propunham a localização no Triângulo Mineiro.
Decidida pela constituinte de 1891, tombada em 1934 e ressuscitada pela de 1946, a proposta mudancista fez o presidente Eurico Gaspar Dutra criar a Comissão Polli Coelho, que estudou a localização da futura capital. Em 21 de agosto de 1948, quando estava em Corumbá, Dutra assinou e enviou mensagem ao Congresso Nacional, solicitando a apreciação de suas justificativas para mudar a capital brasileira. Mas a glória da sanção presidencial da lei da mudança ficou para o presidente Getúlio Vargas, em janeiro de 1953, determinando estudos definitivos para a escolha do sítio para a nova Capital. Com Pedro Ludovico e Juscelino Vargas vem uma nova comissão localizadora da nova capital, comandada pelo general Caiado de Castro. Depois, com Café Filho, mais uma comissão, liderada pelo marechal José Pessoa.
Finalmente em 9 de maio de 1955, chega-se a uma definição, o terreno ficaria a 25 quilômetros a oeste de Planaltina. Embora tivesse criado a Comissão José Pessoa, o presidente Café Filho ficou vacilando sobre a desapropriação das terras, onde futuramente seria Brasília. Então, o Marechal Pessoa, junto com seu secretário, Ernesto Silva, procurou o governador de Goiás, José Ludovico, e os dois o convenceram a fazer o que o presidente não fazia. Foi no dia 30 de abril, num domingo, em que já era noite, quando o governador Ludovico assinou o documento de desapropriação, junto com os secretários estaduais Ângelo Milazzo, Peixoto da Silveira, Irani Alves, José Feliciano e Jayme Câmara, este fundador do Jornal de Brasília. Iniciam então ideias importantes, como integrar e modernizar o país e construir uma nação a partir de um projeto, e não ao Deus-dará. Um ponto muito negativo que marcou a construção de Brasília foi a corrupção, marcada por negócios escusos entre empreiteiras e o Estado, bem como a localização do poder central agora longe da maioria dos brasileiros e da pressão das ruas. A capital, contudo, também revela uma “vontade de nação”. A cidade é portadora de um projeto de país, de uma ideia de grandeza. Niemeyer a vestiu com linhas modernas. O prédio principal tem dois pavimentos, um subsolo e dois plenários – o de teto convexo pertence à Câmara dos Deputados e o côncavo, ao Senado Federal; um corredor com esteiras rolantes faz a ligação com os quatro anexos, onde funcionam os gabinetes. Temos o Panteão da Liberdade e da Democracia, aberto de 2a a 6a feira, das 9h às 18h; sábados e domingos, das 10h às 18h – Projetado por Oscar Niemeyer, em homenagem ao ex-presidente Tancredo Neves, o monumento abriga um mural de Athos Bulcão, um painel de João Câmara e um vitral de Marianne Peretti. O Palácio do Planalto é a sede do Poder Executivo Federal, local onde está o Gabinete Presidencial do Brasil. Está situado na Praça dos Três Poderes em Brasília e foi um dos primeiros edifícios construídos na nova capital.
A inauguração do Palácio do Planalto, em 21 de abril de 1960, foi o centro das comemorações da inauguração de Brasília e marca a história brasileira, por simbolizar a transferência da Capital Federal para o centro do País, promovida no Governo do PRESIDENTE JUSCELINO KUBITSCHEKDE OLIVEIRA. A construção do prédio começou em 10 de julho de 1958 e, até a conclusão, a sede do Poder Executivo Federal funcionou no Palácio do Catetinho – um sobrado em madeira, inaugurado em 31 de outubro de 1956, nos arredores de Brasília. O projeto do Palácio do Planalto, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, impressiona pela pureza de suas linhas com predomínio dos traços horizontais e efeito plástico requintado. O prédio encanta pela beleza das colunas, assim definidas nas palavras do seu arquiteto “Leves como penas pousando no chão”. Os jardins são de autoria do paisagista Roberto Burle Marx. Em 1991, foi construído um espelho d’água, em frente e na lateral direita do prédio, com carpas coloridas de origem japonesa. O Palácio tem quatro pavimentos e quatro anexos. Em seu bloco principal estão instaladas as seguintes estruturas: – No primeiro pavimento serviço de Recepção, Portaria e Comitê de Imprensa; – No segundo pavimento estão os salões Leste, Nobre, Oeste, Sala de Reuniões, Gabinete do Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Secretaria de Imprensa e Gabinete de Segurança Institucional; – No terceiro pavimento estão o Gabinete da Presidente e dos seus assessores mais diretos; – No quarto e último pavimento estão instalados, a Casa Civil, Secretaria de Relações Institucionais e Secretaria-Geral. A fachada principal caracteriza-se pela rampa que dá acesso ao salão nobre, local onde se realizam grandes eventos e também em ocasiões especiais como a visita de dignitários estrangeiros. O parlatório, situado à direita da entrada principal, é o local de onde o Presidente e convidados podem se dirigir ao povo concentrado na praça. Foi usado no dia da inauguração de Brasília e em outras raras ocasiões. Na fachada posterior do Palácio está o heliporto, construído em 1990, com a finalidade de atender os deslocamentos aéreos de curta distância do Presidente. Desde que foi inaugurado, em 21 de abril de 1960, o Palácio do Planalto já passou por restauração. O processo de deterioração das instalações do prédio, quase cinquentenário, era evidente. A restauração incluiu a substituição das instalações lógica, elétrica, hidráulica e sanitária, além dos sistemas de incêndio e de ar condicionado. A fachada passou por completa restauração e foi construído um estacionamento para 500 veículos. O Palácio ganhou um sistema de reaproveitamento de águas e modernização tecnológica.
A Granja do Torto é uma das residências oficiais da Presidência da República. É uma propriedade com características de casa de campo e por isto, situa-se nos arredores do Plano Piloto. Seu nome está relacionado à sua localização, na Fazenda do Riacho Torto, em Brasília. Seu primeiro morador foi Iris Meinberg, um dos diretores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), empresa pública responsável por planejar e construir a Capital Federal. Na Granja do Torto, além da casa, foi construída uma granja para fornecimento de ovos e frangos. Quando ocupou a Presidência da República, de 1979 a 1985, o general João Figueiredo residiu na Granja onde criava cavalos. São 37 hectares, incluem lago e córregos artificiais, piscina, campo de futebol, quadra poliesportiva, churrasqueira, heliporto e uma área de mata nativa. O Palácio da Alvorada, projetado por Oscar Niemeyer, é uma das mais importantes edificações do modernismo arquitetônico brasileiro e o primeiro prédio construído em alvenaria na nova capital. Está localizado numa península que divide o Lago Paranoá em Lago Sul e Lago Norte e abriga a residência oficial do Presidente da República. Em 30 de junho de 1958, com sua inauguração, passou a ser a residência do então Presidente Juscelino Kubitschek que, durante suas viagens em visita à construção de Brasília, hospedava-se no Palácio do Catetinho, um sobrado em madeira, situado à Saída Sul da cidade. Residência Oficial do Presidente da República Brasília, o Palácio tem configuração horizontal arrematada por uma capela que remete às antigas casas de fazenda do Brasil colonial. O formato diferenciado das colunas externas lembra as redes estendidas em varandas, como as que contornam nessas casas. O desenho das colunas deu origem ao símbolo e emblema de Brasília, presente no brasão do Distrito Federal. A edificação é composta de subsolo que abriga um auditório para 30 pessoas, Sala de Jogos, Almoxarifado, Despensa, Cozinha, Lavanderia e a Administração do Palácio. O Térreo tem salões utilizados pelo Presidente da República, para compromissos oficiais de governo. O primeiro andar constitui a parte residencial do Palácio, onde se encontram quatro suítes, dois apartamentos e sala íntima. O Palácio tem um espelho d’água, que reflete a imagem da edificação, criando um espaço virtual infinito, complementado com uma escultura em bronze, denominada As Iaras, obra do artista plástico e escultor brasileiro Alfredo Ceschiatti.
O Palácio do Jaburu A principal característica do Palácio é o que o diferencia, fundamentalmente de outros, como o Alvorada, é o fato de ser uma construção exclusivamente destinada a moradia. Os seus 4.283 metros quadrados privilegiam mais a área externa, com generosas varandas, do que as áreas comuns, como os salões, cujas dimensões se aproximam das de outras residências e não dos palácios tradicionais. Localizado ao longo da Via Presidencial, entre os Palácios do Planalto e Alvorada, o Palácio do Jaburu está no nível topográfico do Lago Paranoá, ocupando terreno de 190 mil metros quadrados. Em seu jardim, projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx, foram cuidadosamente mantidas várias espécies de árvores típicas do cerrado original, que hoje se misturam às fruteiras e às plantas ornamentais trazidas de outras regiões do País. A rebelião de um grupo de dezenove senadores da oposição liderada pela UDN de Carlos Lacerda reabriu simbolicamente o Palácio Monroe, na Cidade Maravilhosa no Rio de Janeiro. E em Brasília, os trabalhos só foi iniciado no fim de maio. Na segunda-feira, 25 de abril, primeira jornada útil, a Câmara dos Deputados não teve quórum para sessão e um dos ministros do Supremo Tribunal Federal foi à imprensa para explicar por que se recusara a permanecer no cerrado. A revista Time americana relatou a bronca de JK ao ministro da Saúde, Mário Pinotti, que retornou ao Rio. “Se o senhor não voltar para Brasília imediatamente é melhor renunciar.” Pinotti deu o pinote, e logo estava em Brasília. Os Candangos que aqui chegaram para construir Brasília no fim dos anos 50 fizeram do Jardim Zoológico fonte prazerosa de entretenimento e de lazer. Foi à primeira instituição ambientalista criada no Distrito Federal. Inaugurado em seis de dezembro de 1957, antes mesmo da cidade que lhe dá abrigo. A catedral Metropolitana Criada no Distrito Federal, por OSCAR NIEMEYER, foi inaugurada em 1967. Sua construção consumiu 12 anos, devido à complexidade do projeto. A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, popularmente conhecida como Catedral de Brasília, foi projetada por Oscar Niemeyer e construída entre 1959 e 1970, e faz parte do conjunto inicial de edifícios que compõem o Eixo Monumental da capital brasileira. A nave circular está abaixo do nível do solo. Para chegar até lá, o visitante percorre um túnel de piso e paredes negras, que desemboca num local de penumbra, chamado de zona de meditação. Concluído o trajeto, depara-se com a esplendorosa nave, iluminada por luz natural captada por vitrais de Marianne Peretti. O ovo representa vida; o azul, o útero. Os anjos, dispostos em diagonal como se estivessem em voo, são os da Anunciação. As paredes têm vibração acústica, o que dispensa microfone para o celebrante das missas, ouvidas com perfeição em qualquer ponto, sem que seja preciso alterar o timbre e a altura de voz. Faça um teste mande alguém ficar na passagem da entrada e vá para o próximo vão. Fale em tom normal de voz, sem nenhum esforço. Dá para bater papo ou apenas conferir a informação. A voz leva dois segundos para se propagar até o outro lado.
A TORRE DE TV é um marco visual da cidade. É a segunda estrutura mais alta do Brasil, com 230 metros de altura, pode ser avistada de longe. Além de ser avistada de longe, a Torre de TV impressiona por sua imponência e prende os olhares quando vista de perto. Não é à toa que o ponto é um dos atrativos mais visitados da capital. O projeto é de LUCIO COSTA, arquiteto e urbanista responsável pelo projeto do Plano Piloto da nova capital. Foi inaugurada em 1967 para receber antenas de emissoras de rádio e TV. No primeiro piso, o mezanino se apresenta como um amplo espaço para eventos com 360º de vista para contemplação. No interior, um painel de azulejos de Athos Bulcão transforma a visitação numa experiência completa de Brasília e sua identidade. O mirante da Torre, a 75 metros do chão, é um passeio imperdível para quem visita Brasília e quer verdadeiramente entender a disposição urbana da cidade. A vista panorâmica das Asas Sul e Norte e dos monumentos dispostos no Eixo Monumental, emoldurados pelo Lago Paranoá, é uma experiência que se deve levar na memória. A visita à Torre de TV se completa com o passeio pela fonte luminosa e pela famosa Feira da Torre, que oferece aos visitantes o melhor do artesanato e da identidade local.
A TORRE DE TV DIGITAL é o mais jovem ponto turístico de Brasília e foi reaberto em 2015. O projeto de 170 metros de altura é apelidado de “flor do cerrado” e é o último projeto de Oscar Niemeyer edificado antes de sua morte, em 2012. Localizada no Setor Taquari, a visitação acontece aos fins de semana e feriados, das 9h às 17h. Os grupos são formados na hora, por ordem de chegada, observando a capacidade dos elevadores. Após as 15h, os colaboradores do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), instalado no local, iniciam a distribuição de senhas, para organizar o fluxo e respeitar o horário de fechamento do monumento. Os turistas e moradores da cidade passam pela cúpula mais baixa e pelo mirante da torre e são acompanhados por um guia treinado pela Secretaria de Turismo do Distrito Federal. O espaço tem acessibilidade e conta com corrimãos, mapas em braile, piso tátil, rampas e vagas exclusivas no estacionamento.
Ela rouba a cena em Brasília. Os azulejos que compõem a lateral da Igrejinha tornaram-se um dos maiores símbolos da cidade. A pomba invertida – que representa o Espírito Santo – é obra de Athos Bulção; já o prédio, em formato de chapéu de freira, é projeto de Oscar Niemeyer. O pedido para fazer a igreja foi feito por dona SARAH KUBITSCHEK, em pagamento a uma promessa. Agradecida pela cura da filha, a ex-primeira-dama acelerou a construção e a Igreja Nossa Senhora de Fátima foi o primeiro prédio de Brasília a ser erguido, em 1958. Encantadora pela simplicidade, a Igrejinha reina absoluta entre duas das mais antigas quadras do Plano Piloto, a 307/308 Sul. O interior é bem pequeno. Os afrescos originais eram de Alfredo Volpi e foram cobertos de tinta em uma reforma na década de 60. Em 2009 ela ganhou novas cores. O artista escolhido foi Francisco Galeno. A representação moderna de Nossa Senhora de Fátima – sem rosto – causou grande confusão entre os fiéis mais tradicionais. A polêmica não seguiu adiante e o belíssimo afresco permanece no interior da igreja. Se você procura um ponto para uma tradicionalíssima foto na capital, esse é o lugar! Aproveite a parede de Athos Bulcão e treine suas melhores poses. Nada mais brasiliense do que esses azulejos.