MINAS GERAIS

Capital: Belo Horizonte
Municípios: 853
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INCONFIDÊNCIA MINEIRA.
O movimento que inspirou a bandeira de Minas Gerais, símbolo maior do estado, surgiu com a intenção de romper as relações entre a colônia e a metrópole. O movimento reuniu proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares, numa conspiração que pretendia eliminar a dominação portuguesa e criar um país livre no Brasil, em 1789.
O ideal Iluminista que se difundia na Europa ao longo do século XVIII e a Independência das 13 colônias inglesas na América do Norte que, apoiadas nas ideias iluministas não só romperam com a metrópole, mas criaram uma nação soberana, republicana e federativa, influenciaram diretamente os colonos mineiros, que passaram a ansiar por liberdade.
A Inconfidência Mineira, na verdade, não passou de uma conspiração, onde os principais protagonistas eram elementos da elite colonial – homens ligados à exploração aurífera, à produção agrícola ou a criação de animais – sendo que vários deles estudaram na Europa e se opunham às determinações do pacto colonial, enrijecidas no século XVIII. Além destes, encontramos ainda alguns indivíduos de uma camada intermediária, como o próprio Tiradentes, filho de um pequeno proprietário que, após dedicar-se a várias atividades, seguiu a carreira militar, sendo, portanto, um dos poucos indivíduos sem posses que participaram do movimento. Um dos mineradores contatados foi o coronel
JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS que, a princípio aderiu ao movimento, pois como a maioria da elite, era um devedor de impostos. No entanto, com medo de ser envolvido diretamente, resolveu delatar a conspiração. 
Em 15 de março de 1789, encontrou-se com o governador, Visconde de Barbacena e formalizou por escrito a denúncia de conspiração. Com apoio das autoridades portuguesas instaladas no Rio de Janeiro, iniciou-se uma sequência de prisões.
Tiradentes, foi um dos primeiros prisioneiros na capital, onde se encontrava em busca de apoio ao movimento. Alguns dias depois, iniciavam a prisão dos envolvidos na região das Gerais e uma grande devassa para apurar os delitos.
A devassa promoveu a acusação de 34 pessoas, que tiveram suas sentenças definidas em 19 de abril de 1792, com onze dos acusados condenados a morte. Sendo eles: Tiradentes, Francisco de Paula Freire de Andrade, José Álvares Maciel, Luís Vaz de Toledo Piza, Alvarenga Peixoto, Salvador do Amaral Gurgel, Domingos Barbosa, Francisco Oliveira Lopes, José Resende da Costa (pai), José Resende da Costa (filho) e Domingos de Abreu Vieira. Desses, apenas Tiradentes foi executado, os demais tiveram a pena comutada para degredo perpétuo por D. Maria I. O Alferes foi executado em 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro e em seguida esquartejado. Partes de seu corpo foram expostas em Minas como advertência a novas tentativas de rebelião. O desbravamento na região que hoje compreende o estado de Minas Gerais, se iniciou no século XVI, por meio dos bandeirantes, em busca de ouro e pedras preciosas. Em 1709, foi criada a Capitania de São Paulo e trabalho Minas de Ouro, que, em 1720, foram desmembradas em São Paulo e Minas Gerais. No início do século XVIII, a região tornou-se um importante centro econômico da colônia, com rápido povoamento. No entanto, a produção de ouro começou a cair por volta de 1750, levando a Metrópole Portugal a criar formas cada vez mais rígidas de arrecadação de impostos, o que resultou no mais conhecido movimento político e histórico de Minas Gerais – A Inconfidência Mineira. A absoluta influência da mineração na economia do estado inibiu de certa forma, o desenvolvimento de outras atividades econômicas de exportação. Por muitos anos, apesar dos avanços advindos da produção de açúcar, fumo e algodão, Minas Gerais continuou baseando sua economia nas grandes fazendas. 

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