O Estado do Amapá absorve um conjunto de tradições, lendas, crenças e costumes típicos de um povo que tem uma cultura rica em folclore, culinária, dança e arte. Na culinária amapaense podemos destacar os requintados pratos como pato no tucupi, caruru, a caldeirada de tucunaré, farofa de pirarucu, maniçoba, além dos deliciosos doces, bolos, biscoitos, tortas, sorvetes, sucos e todas as guloseimas produzidas com frutas típicas do Estado. De diversas cores e sabores, as frutas mais utilizadas na culinária são bacaba, tacacá, cupuaçu, graviola, açaí, taperebá e principalmente a castanha-do-brasil, além de outras iguarias tão saborosas quanto únicas. Já no FOLCLORE DO AMAPÁ, por possuir diversas influências indígenas, africanas e até religiosas, são realizadas durante o ano as manifestações que ajudam a preservar as tradições e culturas do povo de cada região do Estado.
A CULTURA. Destaca-se o lamento de quem vivia na senzala que cultivava a esperança de voltar para o continente africano. Dentre as manifestações culturais, há grandes festas conhecidas por todo o Brasil, na qual podemos citar: Boi-Bumbá, Festa do Divino Espírito Santo, Círio de Nazaré e a Festa de São Thiago, onde são notáveis as participações das comunidades nestas festividades folclóricas. No Amapá também encontramos lendas interessantes, como a do Manganês, do João de Gatinha, da Pedra do Guindaste, bem como as mais fantasiosas como a lenda do Boto cor de rosa. Oiapoque ao Chuí – Talvez uma das principais referências do Estado seja o Rio Oiapoque. Quem não conhece a expressão do Oiapoque ao Chuí? O rio tem a foz no extremo norte do litoral brasileiro e sempre é citado quando se fala em pontos remotos do Brasil. A paisagem que domina a região, aliás, mais de 90% dela, é a imensidão verde da floresta amazônica. A mata do Amapá é virgem e ocupa 70% do seu território. Na capital, Macapá, há um centro de cultura francesa, que ensina francês para quase 2 mil pessoas. Isso se deve às relações que o Amapá mantém com a Guiana Francesa, que faz fronteira ao norte do Estado. Outra atração é a linha imaginária do Equador, que divide os hemisférios Norte e Sul.
FESTAS DO AMAPÁ Janeiro – 06: Festa dos Reis Magos, em Igarapé do Lago, Mazagão Velho e São Pedro dos Bois; – 10: Festa de São Gonçalo, em Mazagão Velho; 20: Festa de São Sebastião, em Macacoari, Curiaú e Ilha Redonda; 21: Festa de São Benedito, em Curiaú. Fevereiro – Data móvel: Carnaval – A maior festa popular brasileira tem seu destaque também no Amapá, apresentação do Rei Momo e da Rainha do Carnaval; desfile das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos no Sambódromo do Amapá Na Segunda-feira Gorda há o tradicional “Futebol à Fantasia”, times com fantasias tipicamente carnavalescas defrontam-se na Praça Nossa Senhora da Conceição; Na Terça-feira Gorda, a saída da “Banda”, um dos maiores blocos de sujos do Norte; E na Quarta-feira de Cinzas, saem os blocos do formigueiro e do Caldeirão do Pavão. Março – 19: Festa de São José de Macapá – Festa em homenagem ao padroeiro da cidade, com missas na Igreja de São José e na capela da Fortaleza de São José, novenários e procissões. Data móvel: Marabaixo – sábado de aleluia (início do ciclo) – A festa do Marabaixo é a mais autêntica manifestação folclórica do Amapá e foi trazida por negros e escravos. Praticada principalmente nos bairros do Laguinho e Santa Rita, homenageia a Santíssima Trindade e o Divino Espírito Santo. Há missas e ladainhas e também seu lado profano, através da gengibirra (bebida feita com cachaça e gengibre), da dança e da música, normalmente improvisada, carregada de tristeza ou alegria, mas traduzindo os sentimentos e o dia-a-dia da comunidade. Ao som das caixas rusticamente confeccionadas na madeira cavada, os participantes, negros e mulatos, dançam ao redor dos tocadores, respondendo em coro o ladrão (versos tirados por um cantador), e onde, às vezes, surgem “desafios”, com lances engraçados de improvisação. As festividades do Marabaixo se estendem por várias semanas, tendo seu ponto alto na derrubada dos mastros simbólicos (calendário específico). Maio – 25: Festa do Divino Espirito Santo – (Município de Amapá) – um mastro é levantado e as pessoas dançam em torno, ao som de caixas e tambores. Durante a festa são servidas certas iguarias típicas, como beijo-de-moça, quindim, rosquinha, beijus, mingau de banana e de farinha de tapioca, etc. Julho – Durante todo o mês: Festa de Nossa Senhora da Piedade – (localidade de Igarapé do Lago). Na Vila de Igarapé do Lago, a 85 km de Macapá, os habitantes, a maioria formada por descendentes de escravos, realizam anualmente uma festa em homenagem à Nossa Senhora da Piedade. Inicia em junho e termina no início de julho. Durante sua realização, segue-se uma estrutura ritualista corte de mastro, novenas, missas, bailes populares, procissão da meia-lua, procissão fluvial, procissão pelas ruas da vila, e o ponto culminante, que é o batuque. No Batuque, o morador mais antigo é chamado de “mantenedor”, aquele que mantém a disciplina. Ele estabelece as “penas” para os foliões que não cumpriram alguma obrigação para com Nossa Senhora da Piedade.
Agosto – 05: Festividades de N. Sra. Das Neves – Município de Macapá; 10: Festividades de N. Sra. Das Graças – Município de Oiapoque; 16: Festa de São Roque – Localidade de Ambé; 20: Festa de São Raimundo – Localidade de São Pedro dos Bois; 24: Festa de São Bartolomeu – Município de Mazagão Velho; 24: Festa do Divino Espírito Santo – Município de Mazagão Velho; 09 a 19: Festa de São Joaquim – No dia 9 de agosto, à noite os “rezadores” e músicos convocam os devotos para irem à igreja: a convocação dos fiéis, feita através da folia, dura 15 minutos e é realizada pelo mestre-sala. Um tambor, leve, feito de madeira e couro de sucuriju (espécie de cobra da região), também faz a marcação da folia. Outros instrumentos ajudam a manter o ritmo: dois pandeiros, feitos com madeira do cacaueiro e pele de carneiro ou bode; duas tabocas fechadas nas extremidades, cheias de sementes (tentos), exercem a função de xique-xique; quatro reco-recos, também feitos de taboca; e por fim, duas violas de cinco cordas. Todos os dias, durante a festa, ocorre a folia e a ladainha. Em latim, a ladainha é rezada pelo mestre-sala e seu ajudante e respondida em coro pelos assistentes. O batuque do Curiaú começa logo após a folia. O ritmo estonteante dos seculares tambores chamados de “macacos” (porque são feitos do tronco de macacaueiro e de couro de animal), espalham-se pelo salão do Centro Comunitário. Uma fogueira fica permanentemente acesa com a missão de esquentar o couro dos instrumentos. São dois os “macacos”: um de repinicar e outro chamado amassador. Existem também três pandeiros feitos com madeira do cacaueiro e couro de carneiro ou de sucuriju. Feito do tronco de uma árvore de Jacaraúba, o mastro da festa de São Joaquim existe há mais de um século. Todo ano é repintado de branco com espirais azuis e nele hasteada a bandeira branca bordada com a coroa do santo. Setembro – 11: Festividade de Nossa Senhora do Carmo (Marabaixo) – Localidade de Maruanum. Outubro –Data móvel: Círio de Nossa Senhora de Nazaré – Município de Macapá; Data móvel: Festa de Nossa Senhora Aparecida – (último domingo) – Município de Macapá; 30: Festa do Turé – Festa Indígena da área do Uaça – Município de Oiapoque. Novembro –03: Círio de Nossa Senhora de Nazaré – Município de Amapá; Data móvel: Encontro dos Tambores – (Município de Macapá) – O encontro reúne os grupos remanescentes de populações negras, com finalidade de reforçar as raízes e identidades, unindo diversas linguagens musicais. Também coloca em discussão os problemas das diversas comunidades negras. Como a cultura amapaense é calcada principalmente nos costumes negros, é uma grande oportunidade para assistir às apresentações dos mais diversos segmentos da arte afro-brasileira dança, pintura, escultura e música, como o batuque, o candomblé, o sahirê, o samba, o gingado da capoeira e o quase extinto zimba. Dezembro – 04 a 24: Início das festividades em louvor aos padroeiros – diversas localidades; 08: Dia de N. Sra. Da Conceição – Município de Macapá; 13: Festa de Santa Luzia – Localidade de Maruanum e São Francisco do Piririm; 21: Festa de São Tomé – Município de Mazagão. A Casa do Artesão, um espaço que está cheio de referenciais da arte popular amapaense, confeccionada pelas mãos habilidosas de diversos talentosos artesãos, os quais através de matérias primas naturais e diversificadas, registram traços vivenciais, costumes, crenças e hábitos do nosso Estado. Um passeio pela Casa do Artesão ajuda a conhecer e valorizar o riquíssimo trabalho artesanal amapaense, em geral transmitido de pai para filho. Em minhas constantes visitas à Casa, encontro não só turistas do Brasil e de diferentes países, mas também amapaenses que gostam de comprar os produtos feitos em fibra, cerâmica, madeira reaproveitada, sementes regionais (açaí, paxiuba, tucumã, jarina, bacaba, patauá, inajá e outras) e trabalhos com técnicas diversas (Marchetaria, reciclagem, tecelagem, modelagem, etc.). Quando vir ao Amapá faça uma visita a Casa do Artesão e se você mora no Amapá, inclua a Casa em seu roteiro de compras e passeios culturais.
ARTESANATO INDÍGENA Artesanato com fibras, sementes e cipós ou feito com madeiras regionais ou em cerâmica, são aqui abordados considerando suas características produtivas, comerciais e culturais do estado do Amapá. Produzem artefatos de uso pessoal da própria cultura (cestarias, colares e bolsas a partir de sementes da região, coloridas com tintas naturais e também artificiais, bancos, flechas, cocares, pentes, apitos para rituais, dentre outros). No caso da tribo indígena Waiãpi, não são utilizados corantes em suas sementes. O processo é totalmente manual com técnicas de trançado, entalhes e montagem de adornos pessoais. Estes produtos têm um alto valor cultural agregado, nos quais as manifestações culturais desses povos são representadas na forma, pelos grafismos, que em sua maioria estão presentes na fauna e na flora da região. A comercialização é feita diretamente pelas associações num prédio cedido pelo Governo Estadual. ARTESANATO COM FIBRAS, SEMENTES E CIPÓS O artesanato deste segmento é bem diversificado, tendo um público produtor diferenciado. A maioria dos produtores faz parte da Associação dos Artesãos do Estado do Amapá (AART-AP). Os produtos basicamente são: – ARTESANATO FEITO COM MADEIRAS REGIONAIS. Este segmento traz uma gama maior de produtos, sendo boa parte deles utilitários. São produzidos brinquedos, artefatos de cozinha, porta-objeto, fruteiras, entalhes e esculturas representando valores da cultura local. As madeiras mais utilizadas na produção do artesanato de madeira são: cedro, macacaúba, marupá, sucupira, angelim, dentre outras. Na produção de brinquedos como miniaturas de automóveis e barcos, são utilizadas também madeiras reaproveitadas de embalagens de frutas, por exemplo. A maioria dos artesãos veio do Pará e trouxe no seu repertório todo o conhecimento de produção de cerâmica Marajoara, repetindo até hoje vasos decorados com ricos grafismos desta civilização e suas técnicas. Mas as realidades são bem diferentes. No Oiapoque, encontra-se uma produção familiar bastante ativa e homogênea, com uma maior diversidade de produtos e a experimentação de cores é mais intensa. Devido à proximidade com a Guiana Francesa e à distância da capital do estado, o escoamento da produção é todo feito no país vizinho. Apesar dos esforços do Governo Estadual e do Sebrae para apoiar a comercialização dos produtos na capital e no mercado nacional, as dificuldades de acesso e o alto custo com transporte, desestimulam o grupo e inviabilizam os esforços institucionais. Neste segmento, destaca-se a cerâmica mineralizada. ARTESANATO CERÂMICO DO MARUANUM – Região povoada por afrodescendentes, o artesanato cerâmico do Maruanum, situada a aproximadamente 42 km da capital, é uma miscelânea de técnicas e misticismo. Para as louceira desta comunidade, a produção das peças é um ato considerado “sagrado”, incrementado por rituais e superstições. Há uma determinação de regras, não oficiais, mas um pacto construído a partir de suas relações culturais, que define os rituais de produção desde a coleta da argila até a queima e acabamento das louças. A técnica é bastante rudimentar, confundindo-se com as técnicas indígenas de produção cerâmica, mas repleta de crendices e cantorias, que fazem deste artesanato um dos mais expressivos e representativos do Amapá. Não há torno, nem maromba, apenas as mãos que vão moldando as peças, preparando a fogueira para a queima e por fim, o burilamento, na etapa de acabamento da peça. Cada louça tem cor diferenciada, meio acinzentadas, meio alaranjadas, em tons pastéis suavemente naturais. (Fonte SEBRAE)
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