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O TRATADO DE TORDESILHAS
Assinado em maio de 1493, dividiu o novo mundo (Américas), entre a Espanha (oeste) e Portugal (leste). Porém, achando injusta a divisão de 100 léguas a partir do arquipélago de Cabo Verde, o rei de Portugal, D. João II, protestou e conseguiu alargar a linha do tratado para 370 léguas, em 7 de julho de 1494. A linha demarcatória passa ao sul em Laguna e ao norte em Belém do Pará. Coube à Espanha, as terras do lado ocidental, e a Portugal do lado oriental.
Esse acordo ganhou o nome de “Tratado de Tordesilhas”,  porque foi assinado na cidade de Tordesilhas, no norte da Espanha, onde foi construído o marco lagunense,  inaugurado em 1975.
Pela bula papal Romanus Pontifex, de 1455, Portugal já teria direito a todas as terras ultramarinas conquistadas e a conquistar.  Na época, as disputas pelo trono de Castela e as aspirações espanholas por conquistas ultramarinas levaram Portugal e Espanha a assinar o Tratado de Alcáçovas, em 1479, buscando a paz na península. A Espanha assegurava o direito às ilhas canárias e Portugal assegurava o direito às ilhas da madeira e dos açores, além dos territórios já conquistados ou a conquistar, ao sul das canárias, desistindo assim de Castela, que passou a ser um dos reinos espanhóis,.
Interessante notar que, antes de Tordesilhas, o Tratado de Alcáçovas já dividia o mundo em duas partes, entre portugueses e espanhóis, só que foi por meio de um paralelo, embora isso não estivesse claro no acordo. Assim, as conquistas de terras ao norte das canárias seriam, pelo acordo, de direito dos espanhóis, abrindo caminho para o descobrimento da América, patrocinado por eles.
As capitanias hereditárias foram a primeira tentativa de colonização do Brasil. O sistema consistia na política de doação de terras às grandes proprietárias, para cultura de produtos de boa aceitação nos mercados europeus. Buscava-se estabelecer mecanismos de controle do litoral brasileiro e a exploração econômica das terras. O sistema foi criado em 1534, e até 1536 foram doadas 14 donatarias, com 50 ou 100 léguas de costa cada uma. Iniciavam no litoral e terminavam no interior.
O sistema de capitanias hereditárias apresentou pouca rentabilidade para Portugal, apesar do baixo investimento da coroa, que foi apenas com a criação do sistema administrativo.
De forma geral, os donatários tiveram dificuldade para desenvolver atividades produtivas, além dos problemas com os ataques de índios e piratas franceses. A única capitania lucrativa nessa época, foi a de Pernambuco, com a cana-de-açúcar.
Historicamente os dois países da península Ibérica têm muito em comum. Após o domínio romano, a península foi governada por tribos germânicas e, posteriormente, pelos árabes do norte da África, os mouros. As disputas territoriais e sucessórias entre os reinos cristãos da península, aconteceram em meio à expulsão dos mouros, a partir do século 11.
No século seguinte, Portugal se estabelece como um reino independente, mas as lutas com os espanhóis continuaram até o início do século 15. Nos anos de 1470, Portugal passou a reivindicar o trono de Castela, mas desistiu da disputa com a Paz de Alcáçovas.
Em agosto de 1578, o rei de Portugal, dom Sebastião, morreu sem deixar herdeiros, na batalha de Alcácer-Quibir, norte da África. Assumiu o trono seu tio-avô, o cardeal dom Henrique, que veio a falecer em 1580. Foi este o último rei da dinastia de Avis. Entre os pretendentes do trono português estava o poderoso Felipe II, da Espanha, que era neto de D. Manuel I.
O Duque de Alba, que apoiava Felipe II, derrotou as forças de prior do Crato, outro pretendente ao trono e que tinha apoio de grande parte dos portugueses.
O dinheiro no Brasil colônia (1500-1822), primeiro dinheiro a circular no Brasil, foi a moeda-mercadoria. Durante muito tempo, o comércio foi feito por meio da troca de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda de metal.
A PRIMEIRA “MOEDA” brasileira de fato foi o açúcar, que, em 1614, passou a valer como dinheiro por ordem do governador Constantino Menelau. O fumo, o algodão e a madeira também eram muito utilizados com essa função. As primeiras moedas metálicas – de ouro, prata e cobre – chegaram com o início da colonização portuguesa. A moeda portuguesa, o real, foi usada no Brasil durante todo o período colonial. Assim, tudo se contava em réis – plural popular de real. O dinheiro vinha de Portugal, mas sua origem verdadeira era a Espanha, muito mais rica em reservas metálicas, devido à maior abundância de ouro e prata em seu império. Houve até uma época – durante a dominação de Portugal pela Espanha, de 1580 a 1640 – em que a moeda utilizada na Colônia brasileira era o real hispano-americano, cunhado na Bolívia. Em 1624, a Holanda invadiu pela primeira vez o Nordeste brasileiro. Sob seu domínio, foi realizada a primeira cunhagem de moedas em território nacional. Quadradas, pequenas, feitas em ouro e prata, elas surgiram em Pernambuco, em 1645.