CULTURA/ARTESANATO – MARANHÃO

A CULTURA DO MARANHÃO. A BANDIDA DÁ A LARGADA DO CARNAVAL – O desfile das escolas de samba é disputado atualmente por doze agremiações de São Luís e São José de Ribamar. Algumas com décadas de tradição e participação na folia. Na passarela, também se apresentam os blocos afros e uma tradição carnavalesca, os blocos tradicionais. Esses grupos também fazem cortejos nas ruas do bairro histórico da Madre Deus, que no Maranhão têm um estilo único. Vestidos com roupas luxuosas, inspirados em trajes do tempo do Império, os blocos tradicionais maranhenses têm, além do figurino, um ritmo próprio, caracterizado pela forte e cadenciada percussão. Outras atrações típicas do carnaval maranhense são as tribos de índios e a casinha da roça. As tribos reúnem crianças e adolescentes vestidos com trajes indígenas, imitando rituais de cura. A casinha da roça reproduz uma casa coberta com palha, em cima de um caminhão. Dentro da casa, tocadores e coureiras dançam o tambor de crioula.
São João. No mês de junho, a temporada de festejos para Santo Antônio (dia 13), São João (24), São Pedro (29) e no maranhão, São Marçal (30), reúne milhares de pessoas nos arraiais para ver e acompanhar as danças tradicionais, além das saborosas comidas típicas, vendidas em barracas de palha. No centro do arraial ou em outro lugar de destaque, há espaço para apresentação dos grupos folclóricos. As atrações são variadas desde a tradicional quadrilha, que se manifesta em outras regiões do Brasil, até o típico bumba-meu-boi, tambor de crioula, dança portuguesa, dança do coco, dança do lelê, cacuriá e dança do boiadeiro. Além dos arraiais espalhados em diversos pontos da capital, inclusive no Centro Histórico, em duas datas há encontros de grupos de bumba-meu-boi que reúnem na mesma ocasião milhares de admiradores.
Na noite do dia 28 de junho, véspera de São Pedro, depois de percorrer os arraiais, os grupos vão para o Largo do Santo, na Madre Deus, para ir à capela louvar e agradecer as graças alcançadas. Depois de muitas orações, eles se apresentam no largo, no meio da multidão. Ao longo de toda a madrugada, até a manhã do dia 29, dezenas de grupos se revezam entre as orações na capela e as danças no largo.
Outro momento é o dia 30 de junho. O tradicional encontro dos bois do sotaque de matraca acontece no bairro do João Paulo. Diferente das homenagens a São Pedro, o encontro em homenagem a São Marçal começa pela manhã e tem seu ponto alto à tarde, quando há uma maior concentração de grupos na antiga Avenida João Pessoa, rebatizada de São Marçal.

TAMBOR DE CRIOULA
ou punga é uma dança de origem africana praticada por descendentes de escravos africanos no estado brasileiro do Maranhão, em louvor a São Benedito, um dos santos mais populares entre os negros. É uma dança alegre, marcada por muito movimento dos brincantes e muita descontração.
O ARTESANATO DO MARANHÃO 
CEPRAMA, Centro de Comercialização de Produtos Artesanais é um núcleo de distribuição de artesanato do Estado. O prédio onde funciona o Centro era da antiga Companhia de Fiação e Tecelagem de Cânhamo. Hoje além de distribuir para as várias lojas de artesanato do Centro Histórico de São Luís, também comercializa através de artesãos que utilizam do espaço também para mostrar o seu “fazer artístico”. Toda produção artesanal do Maranhão adquiriu traços mais profissionais a partir da criação do Instituto de Desenvolvimento do Artesanato Maranhense, que recebe o apoio do SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa.
O IDAM foi criado no ano de 2000, e tem como meta, promover o artesanato sustentável do Maranhão, capacitar o artesão, estimular políticas públicas e gerar emprego e renda através da comercialização dos produtos. Um grupo que merece destaque especial são as mulheres moradoras da Vila Primavera – Maracanã que, por meio do uso da fibra do buriti e suas forças de trabalho, saíram das suas dificuldades financeiras e mostraram habilidades que herdaram de seus antepassados. A arte de produzir peças com a fibra do buriti, peças genuinamente maranhenses, tem todo o material utilizado para tal empreendimento extraído de vegetais típicos da região. O grupo
“MULHERES DE FIBRA”, além de proporcionar às artesãs melhorias de vida, descobriram que em grupo “a união faz a força”.

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