CULTURA Museu Da Estrada De Ferro – Foi graças à desativação da E.F.M.M., que um de seus galpões à margem do Rio Madeira, foi transformado em Museu. Preservando os bens históricos da ferrovia, o Museu reúne várias peças da época de sua construção e funcionamento. Além da primeira locomotiva trazida para a Amazônia, – a Cel. Churchill -, pode-se apreciar também uma cegonha e um velocípede, usados no transporte de feitores, que fiscalizavam a linha, os tornos, máquinas, móveis, fotografias de operários, livros, documentos e muito mais. Av. 7 de setembro – Praça da Estrada de Ferro, Madeira-Mamoré no Centro. Uma das grandes festas folclóricas é o Arraial Flor de Maracujá, em Porto Velho. É nesta festa que o Boi Bumbá se manifesta. Herdado do Nordeste, o bumba-meu-boi é uma manifestação folclórica, que resume elementos culturais portugueses, africanos e indígenas. A festa transforma Porto Velho em um verdadeiro arraial, com milhares de bandeirinhas coloridas promovendo o folclore de Rondônia, nas barracas das praças e ruas, onde é servida grande variedade de pratos típicos. A quadrilha é comandada pelo “marcante”, – uma pessoa que conduz o desenvolvimento e a mudança dos movimentos de dança -, executada por milhares de participantes vestidos de caipira. É uma manifestação popular das mais interessantes e ocorre simultaneamente à época das festas juninas. Jerusalém da Amazônia é a segunda maior cidade cenográfica do mundo, onde se encena a Paixão de Cristo durante a Semana Santa, perdendo somente para Recife. Local de construção rústica com amplo espaço, Jerusalém fica a 21 km do centro de Porto Velho. Para não coincidir com o calendário de outras festas do Estado, a encenação normalmente é realizada na segunda quinzena de maio. BR 364 – km 15 – sentido Cuiabá.
Folclore de Guajará-Mirim O Festival Folclórico de Guajará-Mirim, acontece desde o ano de 1994. Na época, o evento era chamado de ‘Festival Folclórico Pérola do Mamoré’ (Fefopem), e era realizado na quadra da AABB. Hoje a festa, que reúne mais de 4 mil brincantes, é motivo de orgulho para a cidade. Em Guajará-Mirim, o ‘Duelo da Fronteira’ abre portas para o turismo na região e gera renda para o município, uma vez que o festival é apreciado por pessoas de vários lugares do País”. O festival é assistido por um grande público, a área foi ampliada com a montagem de novas arquibancadas móveis e camarotes, tudo para proporcionar, nos dias de festa, mais comodidade aos participantes. A realização deste evento é marcada por fatores importantíssimos. O primeiro é a troca de experiências culturais entre os povos de Guajará-Mirim e os bolivianos. Isso, sem contar com a presença dos turistas, que chegam à região para prestigiar o evento. A segunda, é que, além de apoiar a realização do evento com toda a estrutura física, o governo também dá apoio aos grupos, com a compra de suas indumentárias. Em Rondônia os maiores eventos relacionados ao folclore, são a “Flor do Maracujá” em Porto Velho e o “Festival Pérola do Mamoré” em Guajará-Mirim. Nesta época do ano as cores azuis e vermelhas tomam conta da cidade de Guajará-Mirim, também conhecida como Pérola do Mamoré. Para onde se olha essas cores demonstram o amor dos moradores ao seu boi preferido. O ‘Duelo da Fronteira’ reúne na cidade milhares de pessoas de diversas partes do país. E conta com um lugar específico, um bumbódromo, construído pelo Governo do Estado, onde os bois-bumbás Flor do Campo (vermelho e branco) e Malhadinho (azul e branco) fazem as suas apresentações.
ARTESANATO Trabalhos manuais representam a história e engrandecem a cultura regional em Rondônia. Artesãos de Rondônia transformam simples matérias primas em grandes ideias e verdadeiras obras de arte. A riqueza cultural de Rondônia está presente nos mais diversos tipos de manifestações artísticas. O artesanato, assim como outros segmentos da cultura, representa a relação do homem com sua história e tradição. Através das mãos dos nossos trabalhadores manuais, simples matérias primas, aliada à grandes ideias, se transformam em verdadeiras obras de arte, registrando o modo de ser e viver do nosso povo. Com cerca de 10 mil artesãos em Rondônia, a arte é revelada no barro, na madeira, nas fibras, palhas, no couro e tantos outros materiais. O artesanato, além de ser constituído por diversas práticas e artes manuais, funciona também como ferramenta de reintegração e motivação para pessoas que deixaram de encontrar inspiração ao longo da vida, seja devido às perdas, mudanças, traumas sofridos ou até mesmo à idade. Hoje, com um sorriso estampado em seu rosto, pode-se ver mulheres que passaram por dias difíceis, até se transformarem em artesãs. Vários são os depoimentos, como este da dona Maria: “Há 15 anos eu perdi meu pai e, logo após, meu irmão. Meu mundo veio abaixo. Mergulhei em uma depressão e pensei que seria meu fim. Um dia fui fazer uma visita ao meu cardiologista e ele me disse que teria que ocupar meu tempo e sair de casa para ter uma vida social como antes. Então busquei abrigo em um amigo artesão, pois já não aguentava tanta solidão. E foi o artesanato que me ajudou. Desde então esta arte tomou conta do meu ser. Posso dizer que o grande amor da minha vida é o artesanato”, lembrou.
Com criatividade de sobra e uma grande diversidade de referências, a produção artesanal rondoniense se mostra cada vez mais interessante, pois traz referências da nossa história, como por exemplo, através das peças da Maria Fumaça, produzidas na Feira do Sol ou, até mesmo, a miniatura do Forte Príncipe da Beira, feita em Ji-Paraná. – “Amo essa arte e não me vejo sem o artesanato. O artesanato faz parte da minha vida. No dia a dia ou estou vendendo ou estou produzindo. E ainda ganha um reforço, pois meu marido também é artesão e lá em casa temos um mundo encantado em nossas conversas criativas. Aqui, na Feira do Sol, o mais bonito é o companheirismo que a gente tem com os colegas artesãos. Nós somos uma família. Aqui uma mão lava a outra. A ajuda vai desde a venda das peças das colegas até a ajuda na confecção de uma peça”, disse Maria de Nazaré Estevão, 57 anos e artesã desde os 13 anos.
ARTE E MEIO AMBIENTE. Pneus descartados são retirados do meio ambiente e reaproveitados. A palavra “lixo” costuma ser usada de modo equivocado. A maior parte dos materiais que chamamos de lixo são resíduos que podem ser reutilizados ou reciclados. Criar peças artísticas, a partir de materiais descartados, é uma prática que já acontece em Rondônia há anos e vem contribuindo para o meio ambiente. Além disso, o segmento do artesanato pode oferecer oportunidade para geração de emprego e renda. Garrafas pet, pneus, latas de alumínio e de aço, jornais, recipientes de vidro, coadores de papel, lacres de alumínio e embalagens de papelão, assim como inúmeros outros materiais, podem ser aplicados no artesanato e dar “vida” a novas peças. Como exemplo, pneus que acumulariam água e que poderiam servir de criadouro de mosquitos, ou ser descartados/queimados no meio ambiente – nas mãos dos trabalhadores artesanais ganharam uma nova funcionalidade, na forma de cadeiras e jarros para plantas. – Fonte: Secom/gov-ro